Nem mesmo as três vitórias consecutivas na temporada da Fórmula Truck tiraram Paulo Salustiano da vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Claro que ele subiu na classificação, mas sabe que precisará fazer outra excelente corrida no próximo dia 4 de setembro no tradicional Autódromo de Tarumã, no Rio Grande do Sul, para melhorar sua posição na tabela e assumir a ponta, que está nas mãos do regular tricampeão Felipe Giaffone.
Em comum, líder e vice-líder têm o uso do restritor de potência, item previsto no regulamento da categoria, que busca maior equilíbrio nas pistas. Os cinco primeiros (Giaffone, Salustiano, Diogo Pachenki, André Marques e David Muffato) são obrigados a utilizar o aparato mecânico.
A pista de Tarumã, situada na cidade de Viamão, integrante da Grande Porto Alegre, capital dos gaúchos, traz boas recordações a Salustiano, que já venceu lá na extinta Fórmula Renault. Nos 3.016 metros do veloz traçado ele estreou com o caminhão Mercedes-Benz e fez um bom terceiro lugar, num pódio dominado pela marca alemã: vitória de Wellington Cirino, com Geraldo Piquet em segundo e ele a seguir. Aliás, 2013 foi a última vez que a Truck esteve no autódromo.
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"Agora o foco é pensar na briga pelo campeonato. Tenho de pontuar o máximo possível em todas as quatro corridas que faltam até o final do ano. Pontuar e ficar de olho no Felipe, que é meu principal adversário, pois está na frente. A minha equipe (ABF/Mercedes-Benz) me deu caminhões fantásticos nas últimas três corridas e vou para Tarumã esperançoso, animado e feliz em busca de outro bom resultado", disse Salustiano.
Em Interlagos, apesar de ter vencido, ele largou em quinto lugar, bem abaixo do que poderia ter feito. Os mecânicos e chefe de equipe já descobriram o motivo de tanta diferença assim para David Muffato, o pole position em São Paulo.
"Fomos cautelosos demais para não ter excesso de fumaça e diminuímos muito a entrada de óleo diesel, o que me custou os quatro décimos de diferença na classificação. Dei sorte de ter acontecido um enrosco na frente (Cirino e Muffato) e me posicionei bem", afirmou.
Quanto ao uso do restritor de potência, Paulo Salustiano garante que o aparato mecânico que reduz de 80 milímetros para 72mm a entrada de ar do caminhão do segundo colocado e diminui a potência em cerca de 100 cavalos, certamente provocará problemas na veloz pista de Tarumã.
"O Felipe diz que o restritor não fará tanta diferença assim em Tarumã porque o sistema de injeção de combustível do caminhão dele é diferente e provoca perda menor, pois o motor dele trabalha em rotação mais baixa. Eu e o Digo Pachenki, que também tem o Mercedes-Benz, vamos sentir bastante", finalizou Salustiano,