Os técnicos Jayme Netto Jr. e Inaldo Justino de Sena, já punidos anteriormente em caso de doping coletivo envolvendo atletas brasileiros, foram banidos do atletismo em julgamento realizado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), na noite da última terça-feira, em Manaus.
Os dois treinadores haviam sido suspensos por quatro anos em primeira instância, em março, pela Comissão Disciplinar do STJD da CBAt, mas agora estão definitivamente fora do esporte com a nova decisão.
Quando punidos em primeira instância, Netto e Sena admitiram ter permitido o uso do hormônio proibido eritropoietina (EPO), supostamente aplicado pelo fisiologista Pedro Balikian, que foi usado por cinco atletas brasileiros: Jorge Célio, Bruno Sena, Josiane Tito, Lucimara Silvestre, Luciana França.
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O caso de doping foi descoberto às vésperas do Mundial de Atletismo de Berlim, realizado em agosto do ano passado, mas os treinadores dos atletas foram julgados apenas em março. Eles foram os pivôs do escândalo de doping coletivo da equipe que treinava em Presidente Prudente (SP) para disputar a competição. Pelo uso de doping, todos os atletas envolvidos no caso foram suspensos por dois anos.
ATLETAS SEGUEM SUSPENSOS - Em nota publicada em seu site oficial nesta quarta-feira, a CBAt também informou que os atletas punidos terão de cumprir a pena de dois anos de suspensão que foi imediatamente aplicada aos mesmos após a revelação do doping, conforme exige a regra internacional da WADA, Agência Mundial Antidoping, e da IAAF, entidade que controla o atletismo mundial.
Em março, os atletas conseguiram reduzir a pena pela metade no julgamento realizado em primeira instância pela Comissão Disciplinar do STJD. Porém, na última terça-feira os oito membros do STJD que julgaram o caso seguiram o voto do relator Caupolican Padilha Jr. e acataram o recurso da CBAt, que pediu pelo cumprimento integral da pena de dois anos de afastamento a Jorge Célio, Bruno Sena, Josiane Tito, Lucimara Silvestre, Luciana França.
A entidade ainda informou que os atletas Rodrigo Bargas e Evelyn Santos, que não foram flagrados no exame mas estavam suspensos preventivamente, foram punidos com seis meses de suspensão - pena já cumprida - e poderão voltar a competir.
"O relator e os demais membros do tribunal (STJD) consideraram a afirmação da Comissão de Inquérito que a CBAt formou à época para investigar o caso. Segundo a Comissão de Inquérito, Rodrigo e Evelyn colaboraram com as investigações e o tribunal entendeu o fato como atenuante, no caso", justificou a CBAt na nota oficial que publicou nesta quarta-feira.