Londrina receberá, a partir desta quinta-feira (2), os jogos do 10º Regional Sul de goalball, modalidade paradesportiva voltada para deficientes visuais.
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Até domingo (5), nove equipes na categoria masculina e quatro na feminina irão disputar o título e as vagas para as séries A e B do Campeonato Brasileiro da modalidade. Todas as partidas serão feitas no Colégio Estadual Vicente Rijo, das 9h às 17h, na avenida Juscelino Kubitscheck, 2.372, com entrada franca. O evento é aberto ao público.
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O evento é organizado pela CDBV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais) e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. Há apoio do Instituto Roberto Miranda, Instituto Pernas Preciosas, FEL (Fundação de Esportes de Londrina) e Colégio Vicente Rijo.
Este é a terceira etapa do circuito de regionais de goalball em 2022. Antes da região Sul, foram feitas as seletivas Nordeste, em João Pessoa (PB), e Sudeste, em São José dos Campos (SP).
Entre as mulheres, o sistema de disputa é de todas contra todas dentro de chave única. As duas melhores fazem a final no sábado (4), às 14h. No torneio dos homens, cada time joga dentro de seu grupo e os dois melhores de cada se cruzam nas semifinais, que terá: 1º Grupo A x 2º Grupo B; 1º Grupo B x 2º Grupo A. As finais serão no domingo, com a disputa pelo bronze às 9h, e a do ouro às 9h50. O campeão e vice de cada categoria garantem, respectivamente, uma vaga na divisão principal e outra na série B.
Cidade anfitriã, Londrina estará representada por duas equipes, o Instituto Pernas Preciosas e o Instituto Roberto Miranda, este que recebe patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio da FEL, com recursos do Feipe (Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos).
O técnico do time Instituto Roberto Miranda, Marcio Rafael da Silva,
contou que a equipe vem trabalhando forte para buscar uma vaga na série A
do Brasileiro. Recentemente, Silva integrou a comissão técnica da
seleção brasileira feminina de goalball, que venceu, em fevereiro, o
Campeonato das Américas, disputado em São Paulo (SP).
“Estamos treinando muito desde o começo do ano e vamos brigar pelo título do torneio. As disputas serão difíceis, com outros oponentes muito bem preparados, mas nossa expectativa é boa e tentaremos a vaga na série principal. Jogando em casa a motivação se multiplica ainda mais”, disse.
Silva lembrou que, das nove edições do Regional Sul já disputadas, o
time londrinense foi campeão em quatro ocasiões. Ele ainda falou da
importância do incentivo do Feipe para fomentar a modalidade.
“A equipe se reforçou para essa temporada e está empenhada e focada para conquistar o quinto título agora. O campeonato ocorreu em Londrina da última vez em 2010, e depois de 12 anos voltando para cá. O suporte financeiro do Feipe é essencial, em todos os sentidos, e é o que mantém este esporte vivo na cidade”, frisou.
O assessor de Esportes e Eventos da FEL, Sandro Henrique dos Santos, afirmou que a parceria entre a Prefeitura e o Instituto Roberto Miranda já existe há anos e vem se fortalecendo. “O goalball de Londrina é uma modalidade de grande destaque em nível paranaense e no Sul, também projetando a cidade nacionalmente. O evento sediado aqui vai motivar ainda mais os atletas e a comissão técnica, e estaremos na torcida pelo título. Convidamos a população para que conheça melhor essa modalidade vitoriosa, que tem um caráter inclusivo, e possa apoiar nosso esporte”, enfatizou.
O instituto Roberto Miranda é uma entidade filantrópica de auxílio a pessoas com deficiência visual. Dentre suas atividades, há o incentivo à prática esportiva, com o Goalball, por onde o instituto recebe apoio da FEL via Feipe.
Sobre a modalidade
O goalball é disputado por equipes de três jogadores, em uma quadra de espaço similar à de vôlei (nove metros de largura por 18 de comprimento). Ao fundo de cada lado, localizam-se duas balizas, que abrangem todo o comprimento da quadra, medindo nove metros de largura por um metro e trinta centímetros de altura.
Os atletas de cada equipe ficam restritos a uma área de seis metros à frente da baliza que defendem, de modo que não há qualquer contato com os oponentes. Os atletas arremessam a bola para o outro lado, tendo como objetivo fazer com que ela ultrapasse o fundo da quadra adversária, entrando assim nas balizas. Em sua trajetória, a bola precisa obrigatoriamente tocar linhas predeterminadas, de modo que ela chegue ao gol adversário junto ao chão.