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Ciclista

UCI diz ainda esperar contato de Lance Armstrong

Agência Estado
29 mai 2013 às 13:56

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- Reprodução
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Ciclista mais famoso da história, o norte-americano Lance Armstrong confessou em janeiro, durante uma entrevista para tevê nos Estados Unidos, que utilizou doping durante grande parte da vitoriosa carreira, desmascarando uma mentira que ele próprio contou por muitos anos. Mas a União Ciclística Internacional (UCI) disse nesta quarta-feira que ainda espera um contato do ex-atleta, com um pedido de desculpas pelos erros que cometeu e a disposição de ajudar no combate ao uso de drogas no esporte.

Apesar das suspeitas que sempre rondaram sua carreira, mesmo sem nunca ter sido flagrado num único exame, Armstrong sempre negou o uso de doping. Depois da aposentadoria, no entanto, ele resolveu admitir que utilizou EPO, transfusões sanguíneas e testosterona para melhorar a sua performance. Diante disso, acabou perdendo patrocinadores, prêmios e títulos - era o maior campeão da história da Volta da França, prova mais importante e famosa do ciclismo, com sete troféus entre 1999 e 2005.

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Mas, mesmo depois da bombástica confissão, o presidente da UCI, Pat McQuaid, afirmou nesta quarta-feira que Armstrong ainda tem muito a fazer. "Ele deveria subir em seu avião particular, ir para a Suíça (onde fica a entidade) e dizer: ''O que devo fazer?''", defendeu o dirigente, que também conta com a ajuda do ex-atleta norte-americano de 41 anos para combater o doping. "Ele ainda não se desculpou com o ciclismo. E se ele tem alguma informação de valor para o esporte, deve se manifestar."

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McQuaid também entende que Armstrong deveria procurar a Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) e a Agência Mundial Antidoping (Wada) para explicar como ele conseguiu evitar os exames e conquistar os sete títulos da Volta da França sob efeito de doping. "Ele deveria trabalhar conosco", avaliou o dirigente, que descartou a possibilidade de a entidade que comanda atualmente ter cometido erros durante esse caso, por não ter desmascarado o astro quando ele ainda competia. "A UCI não é culpada."

Presidente da UCI há oito anos, McQuaid pretende tentar a reeleição em setembro e, mesmo diante do escândalo envolvendo Armstrong, garante não pensar em abandonar o cargo. "Acredito que estou fazendo a diferença, que o esporte mudou", revelou o dirigente. "Quero erradicar o doping, quero finalizar o que comecei. Nosso esporte tem um futuro brilhante."


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