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Curso pré-vestibular tem preparação especializada

06 set 2010 às 14:54

Aconcorrência cada vez mais acirrada em cursos universitários disputados fez surgir uma nova tendência no ensino: cursos pré-vestibulares especializados em preparar alunos para buscar uma vaga em Medicina. Nessa nova modalidade de ‘- cursinho’ o aluno frequenta aulas presenciais em período integral, tem espaço destinado a estudo e atendimento para esclarecer dúvidas.

O valor das mensalidades nessas escolas especializados chega a ser mais do que o dobro dos demais pré-vestibulares, mas o número de estudantes dispostos a investir financeiramente e se dedicar integralmente aos estudos, para a conquista da tão sonhada vaga, cresce a cada dia.


De acordo com Roberto Barros, professor e coordenador do curso PreMed, a concorrência maior exige mais preparação por parte dos candidatos. Segundo ele, além da forte concorrência, outro problema enfrentado pelos candidatos, em sua maioria adolescentes e jovens, é a imaturidade emocional.


‘Muitas vezes eles estudam o suficiente, mas não estão emocionalmente maduros para conseguir fazer a prova sem que a pressão atrapalhe’, comenta. Outro diferencial do curso é que a sala com um número reduzido de alunos e a maior disponibilidade de tempo de aula deixam o estudante mais a vontade – e menos intimidado – para fazer perguntas e esclarecer dúvidas.


As aulas no curso especializado ocorrem em período integral de segunda à sexta-feira e aos sábados no período da manhã.


Formação Integrada


Os processos seletivos de diversas faculdades, dentre elas a Universidade Estadual de Londrina, exigem cada vez mais conhecimentos a respeito de todos os conteúdos. Pensando nessa interdisciplinariedade, outro curso pré-vestibular de Londrina especializado em Medicina, o Medmagno, tem como proposta promover uma formação mais ampla.


Geraldo Luiz de Souza, professor e coordenador do Medmagno, afirma que os alunos interessados em ingressar em um curso de Medicina precisam estar dispostos para essa formação integral, com aulas de todas as disciplinas. Ele explica que a grade curricular é distribuída, tanto no período da manhã como no da tarde, para que o aluno passe por todas as áreas do conhecimento.


‘Não há horários específicos de determinada área para que não haja possibilidade de o aluno só comparecer às aulas que são de seu interesse’, esclarece. O coordenador diz que o diferencial do curso são as aulas das tardes de sexta-feira, quando ocorre um trabalho interdisciplinar.


‘Professores de áreas diferentes ministram um ‘aulão’ juntos. Os alunos compreendem melhor a ligação entre os conteúdos em uma aula como essa’, acrescenta o professor. Souza chama a atenção para o fato de que a maioria dos alunos que pretende cursar Medicina enfrenta mais dificuldade na prova de conhecimentos gerais e na redação, pois acabam muito focados na área de Biológicas.


Por esse motivo, ele considera que mais do que integral, é preciso que o aluno tenha uma formação integrada.


Tempo integral


Raquel Sogaiar, de 18 anos, é uma das alunas do cursinho específico que busca uma vaga em Medicina. No ano passado, uando concluiu o 3º ano do Ensino Médio, ela tentou apenas na UEL. Como não foi aprovada, procurou um curso preparatório integral. Para ela, essa proposta de ensino é muito boa, principalmente devido ao número reduzido de alunos.


A estudante, que estava acostumada a salas de aula com mais de 200 alunos, valoriza o atendimento personalizado possibilitado pelo menor número de estudantes.


Fábio Mikio Hara, de 23 anos, tentou vestibular para Medicina logo após terminar o 3º ano do Ensino Médio, porém, como não passou, resolveumudar de opção e concorrer em cursos cuja concorrência é menor. Ele chegou a cursar um ano e meio de Biotecnologia, mas percebeu que
não era isso o que realmente queria e decidiu voltar a estudar e tentar Medicina.

Na sua opinião, um dos principais atrativos desse tipo de ensino é o fato de ser integral. Mas, mesmo depois de assistir aulas ao longo de todo o dia, Fábio não descuida da preparação no período noturno, quando estuda em casa ou até mesmo na sala de estudos do curso. ‘Você sabe
que tem várias pessoas aqui que vão prestar para Medicina, você vê que o nível dos concorrentes é alto e se estimula a estudar mais. Você convive com a concorrência todo dia’, frisa.


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