O sumiço das adolescentes Isabelly Stephany Severo e Milena Moura dos Santos, ambas com 14 anos, na última quarta, deixou a população de Ibiporã espantada. É que a situação é diferente de todas as outras envolvendo jovens desaparecidos dessa faixa de idade. Muitas vezes, segundo o delegado José Arnaldo Peron, têm relação com adolescentes rebeldes, usuários de drogas ou por viverem algum relacionamento proibido.
"Essa situação é bem diferente de outros casos. Conversei com os pais das garotas e eles disseram que elas eram obedientes e não davam trabalho", afirmou o delegado, que colocou seus policiais atrás de provas que possam dar pistas sobre o paradeiro de ambas. "Encaminhamos os retratos e identidades ao registro de pessoas desaparecidas do Paraná, comunicamos todas as Polícias, Conselhos Tutelares e até ao Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas", completou Peron.
De acordo com a conselheira tutelar Sueli Gomes, o desaparecimento teria ocorrido na tarde de quarta-feira, quando as garotas estariam a caminho do Colégio Olavo Bilac, no Centro da cidade. "Uma outra colega de escola delas também iria fugir, mas desistiu. Ela contou que foram até o Terminal Rodoviária de Londrina, mas não esclareceu se as garotas usaram um ônibus para fugir", destacou a conselheira.
"Também chegaram informações de que teriam sido vistas na rodoviária de Cornélio Procópio, acompanhando de um homem. Porém, os familiares foram até lá e não confirmaram isso", adiantou Sueli. Segundo a conselheira, Milena estaria se comunicando com pessoas do estado de São Paulo, onde possui parentes.
O diretor do Colégio Olavo Bilac, Amauri Biachini, reforçou que as jovens não possuíam um histórico de rebeldia na escola. (Paulo Monteiro/NOSSODIA)