Embora muitas orquídeas tenham perfume típico, lembrando muito o cheiro do chocolate, coco, do morango e, principalmente, de flores, poucas variedades são comestíveis. Nessa categoria, a orquídea mais famosa é a Vanila edwalli, que produz a baunilha, originária do Brasil e da América Central.
A baunilha possui raízes grossas, folhas ovais e lanceoladas, de coloração verde-escura, flores verde-amareladas e o fruto, que é a própria "fava" da baunilha, é alongado, medindo cerca de 20 a 25cm de comprimento.
Antes de se transformar nas favas marrons e adocicadas que conhecemos, as favas verdes são colhidas e passam por um longo processo de secagem, maturação e fermentação (responsável por seu rico sabor e fragrância), que chega a durar meses.
Devido ao seu alto custo, produziu-se uma substância sintética chamada vanilina, que nem de longe se aproxima do verdadeiro aroma de baunilha, isto devido à presença de outras substâncias que dão mais equilíbrio e intensidade ao aroma natural.
No mercado americano, a essência natural de baunilha ocupa cerca de 90% do segmento, enquanto a sintética fica com o restante. No Brasil, ocorre exatamente o contrário.
Pode-se encontrar baunilha a granel em mercados ou embalados em vidros nos supermercados. A de boa qualidade deve apresentar aroma rico, ter superfície oleosa e ser suave ao toque. Devem-se evitar favas que aparentem secura, pouco aroma ou mostrem sinais de fungos.
A baunilha é considerada uma especiaria por interferir de forma benéfica no sabor final da comida, além de permitir a conservação dos alimentos. É usada largamente na aromatização de sorvetes, chocolates, bebidas e produtos de confeitaria, além de ser também utilizada em perfumaria e, em pequena escala, como medicinal.