Os trabalhadores da coleta de lixo em Londrina cancelaram a greve por tempo indeterminado que ameaçavam desde a última semana, após chegarem em acordo com a Sistemma Serviços Urbanos, terceirizada responsável pelo serviço. Os coletores estavam insatisfeitos com a remuneração e supostas condições precárias de trabalho, pedindo 7,5% de reajuste salarial e 15% no vale-alimentação.
Em assembleia promovida pelo Siemaco Londrina (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação) na manhã desta quarta-feira (16), foi apresentada aos servidores a nova proposta da empresa, e foi aceita a oferta de 6,5% de reajuste nos salários e 7,5% no benefício alimentação.
A negociação entre as partes foi feita em duas audiências de Dissídio Coletivo de Greve, realizadas pelo TRT-PR (Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região) na segunda (14) e terça (15). Também participaram como terceiros interessados a Feaconspar (Federação dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Paraná), o MPT (Ministério Público do Trabalho) e a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina).
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REIVINDICAÇÕES
Os cerca de 150 garis do município, contratados pela Sistemma, pediam, com urgência, o fim do suposto assédio moral, manutenção adequada dos caminhões e fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual de qualidade. Além disso, buscavam “mais uniformes e o fim das cobranças excessivas sobre os trabalhadores, em especial o fim do banco de horas e obrigatoriedade de alguns fazerem mais de três, quatro horas extras por dia”, informou o Siemaco.
Como a limpeza pública é atividade essencial, o TRT-PR havia determinado, na última sexta (11), que caso houvesse greve o sindicato garantisse a manutenção de, no mínimo, 70% do contingente de garis e dos serviços de coleta durante todo o período da paralisação. Em caso de descumprimento, o sindicato estaria sujeito a uma multa de R$ 50 mil por dia.

