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Londrina abandona e deixa à míngua parques públicos para a população

Simoni Saris e Celso Felizardo - Grupo Folha de Londrina
09 mar 2024 às 09:56
- Roberto Custódio
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O verão chega ao fim no próximo dia 20 e, por mais um ano, os londrinenses enfrentaram os dias quentes e ensolarados sem uma boa infraestrutura nos espaços de lazer gratuitos junto à natureza. Dos quatro parques municipais e estaduais de Londrina (Arthur Thomas, Daisaku Ikeda, Mata dos Godoy e Jardim Botânico), dois estão fechados à visitação há pelo menos quatro anos e outros dois funcionam precariamente, com problemas de conservação.


Em uma tarde de domingo, a FOLHA esteve no Jardim Botânico e no Parque Arthur Thomas. A falta de estrutura de apoio e descuido na manutenção e decepciona os frequentadores. A lista de problemas relatada por eles é longa, mas a principal reclamação é que faltam atrativos e condições de atendimento adequado ao público.

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O dia típico de verão, com muito sol e temperatura acima dos 35 graus, animou muita gente a sair de casa à procura de um lugar mais fresco ao ar livre. Nos dois locais, havia dezenas de frequentadores, mas a reportagem constatou que a maioria deles não permanece por muito tempo por duas razões: não há muito o que fazer e falta estrutura, sobretudo de sanitários.

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“Nós viemos (ao Jardim Botânico) pela primeira vez há quatro anos e estamos retornando hoje. Está tudo pior. Não tem funcionários para orientar, está meio abandonado. Era para ter muito mais gente aqui se fosse um lugar que recebesse mais atenção porque a população sente falta desse tipo de lazer. Mas falta um cuidado maior do Estado. A gente vai ao Jardim Botânico de São Paulo, de Curitiba, é outra coisa”, comparou o vendedor José Carlos dos Santos, que estava acompanhado da esposa, Sidnéia. “A gente poderia ficar mais tempo se tivesse o que ver, o que fazer, mas não tem”, acrescentou ela.

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Enquanto observava a movimentação de um grupo de quatis na pista de caminhada, Cíntia Cristina e a família lamentavam a falta de cuidados com o Jardim Botânico. “É um espaço muito bonito, mas não estão sabendo aproveitar. As lagoas estão descuidadas, não tem uma lanchonete, os bancos estão quebrados, tem muito mato. Faltam investimentos nesses locais. A gente veio, ficou uma hora e já está indo embora. Uma pena porque é um ótimo lugar. Daria para vir de manhã e ficar o dia todo. Aqui é bem gostoso.”


Logo na entrada do parque, a passarela de madeira que encurta o caminho até a pista de caminhada e as trilhas está interditada há oito meses, segundo um funcionário. “Depois que uma mulher caiu aqui por causa de algumas ripas soltas, a ponte foi interditada, mas não fizeram os reparos. São poucas as ripas que precisam ser recolocadas, umas 15”, comentou. Ele apontou ainda a falta de equipamentos para manter a roçagem em dia e contou que uma das lagoas em cascata secou por problemas em parte da estrutura de impermeabilização.


Os frequentadores destacaram ainda o péssimo estado de conservação dos sanitários, uma queixa quase unânime entre eles. A construção original, que desde a inauguração do parque já era precária, agora está pior. Na entrada do banheiro há um cartaz informando sobre a interdição e, ao lado, um banheiro químico deixa dúvidas sobre a segurança de sua utilização. As queixas se voltam também para a falta de conservação dos bancos, a maioria deles, sem condições de uso, e para a estufa, uma enorme estrutura de ferro e vidro que nunca chegou a ser concluída e que vem se deteriorando com o tempo. “Uma construção desse tamanho que nunca cumpriu sua função. É nosso dinheiro que foi colocado ali e olha como está, tudo enferrujado e com os vidros quebrados”, queixou-se a aposentada Marilene Calixto, que levou os netos para conhecer o local.

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