O Museu do Café foi inaugurado na última quinta-feira (24) em Londrina. Trata-se de uma obra do Sistema Fecomércio Sesc Senac-PR e a sua instalação representa para a cidade e região uma significativa e moderna estrutura para difusão histórica e cultural.
A cerimônia de inauguração foi reservada a convidados, imprensa e autoridades e contou com a presença do governador Ratinho Junior (PSD). O Museu do Café estará aberto à visitação pública a partir da próxima terça-feira (29) - para então receber escolas e grupos de visitantes, garantindo vivências temáticas em uma área educativa.
Integrado ao Sesc Cadeião de Londrina, o prédio do museu – construído na década de 1960, auge da produção cafeeira paranaense – abrigou durante 54 anos a 10ª Subdivisão Policial e foi recebido pelo Sesc-PR, no primeiro semestre de 2018. Em 2011, o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR assinou com a Prefeitura de Londrina a cessão do imóvel por 20 anos, com possível renovação por igual período.
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A obra, concebida para preservar a memória da cultura cafeeira e do patrimônio histórico, é agora também um lugar de informações contemporâneas, eventos, vivências e visitações - técnicas, escolares e de turistas de um modo geral.
Acervo
Para compor o acervo do museu dedicado à memória da cultura cafeeira, o Sesc PR conclamou a população londrinense e do Norte do Paraná que colaborasse com doações de fotografias, objetos, documentos e artefatos históricos que ajudassem a contar e preservar esta história.
O corretor de cafés, presidente da "A Rural Corretora de Cafés e Cereais" e ex-presidente do Sincafé (Sindicato dos Corretores de Café no Estado do Paraná), Carlos Antonio Amaral Monteiro, foi um dos doadores, que formalizou a entrega de diversos itens ao museu, entre eles uma coleção completa de mais de 500 xícaras e uma mesa de degustação de cafés.
Os materiais recebidos compõem os expositivos do museu e de outros ambientes com o tema. Darcy Ramires Paulo, ex-gerente regional da Inter Continental de Café S/A, já aposentado da função da empresa em que trabalhou por quatro décadas, também doou fotografias, documentos e objetos.
Pés de café ornamentam o novo museu - onde descansam as ferramentas que no passado, serviram para o labor. Um rastelo bem surrado e peneiras castigadas pelo tempo são alguns deles. Pelas mãos que já não estão aqui, as fotografias mostram como a força braçal era necessária e, de sol a sol, cobria o terreiro.
Se uma tuia é parte da história, a imagem de homens e mulheres na lida com os cafezais - e em todo o o processo também está na memória. Da terra que recebe a semente, à afetiva xícara de café, um percurso de respeito. A torra média de um legítimo selo100% arábica é a preferência de muitos degustadores que valorizam a bebida e sua trajetória.
E esses também se encantarão ao visitar o novo museu e ficar diante do moedor das antigas, do torrador redondo e das sacas de juta originais em lugar de destaque. Da nobreza de cada grão, ergueu-se o museu com curiosidades e fatos de uma era de grande representatividade para Londrina e região.
De família de pioneiros, Elenice Dequech é voluntária reconhecida por sua atuação em museus e de seu ponto de vista é uma data especial. Há 30 anos, dedica-se a enriquecer os museus de Londrina e de seu ponto de vista a instalação deste unidade tem muito a contribuir do ponto de vista educativo e cultural, principalmente de estudantes. Apesar de um acervo atrativo e com artigos nunca vistos de perto por muitas pessoas, as doações ainda podem ser feitas.
Mais pessoas além de Elenice Dequech e que contribuíram para a formação do acervo e sua memória compõem um painel de fotografias e que permite ao visitante conhecê-los. Estão lá José Carlos Rosseto, Omeletino Benatto, Vanda de Moraes, Yukio Ajita, Cristina Rodigues Maulaz, Vitor Ogawa, Antonio de Oliveira, entre outros.
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