Por conta da obra de prolongamento da Avenida Octávio Genta, na zona sul de Londrina, trechos da marginal da PR-445 e da Avenida Waldemar Spranger terão o trânsito impedido a partir desta quarta-feira (21), por pelo menos 15 dias. Segundo a Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, a interdição é necessária para que a pavimentação e a rede de galerias pluviais sejam implantadas.
O acesso da marginal para a Waldemar Spranger, sentido Cambé/Londrina, ficará completamente bloqueado. Como alternativa, os motoristas deverão seguir até o cruzamento com a Avenida Harry Prochet, onde poderão converter à esquerda.
Na marginal da rodovia, sentido Londrina/Cambé, o movimento permitido será somente o de seguir em frente, assim, os condutores terão que seguir no sentido Centro Cívico pela Rua Manoel Alves dos Santos.
Leia mais:

Londrina só pontua bem em 8 de 57 indicativos de progresso social

Paraná nomeia 77 novos professores para o NRE de Londrina

Fusca de pelúcia furtado nesta segunda é encontrado no centro de Londrina

CMTU cria linha de ônibus para incentivar doações de sangue no 'Junho Vermelho'
Na primeira quadra da Waldemar Spranger, onde comércios estão localizados, haverá funcionamento provisório em duplo sentido, somente do trânsito local. Na face Norte da Avenida, em direção à marginal da PR-445, o fluxo segue normalmente.
A Prefeitura solicitou aos motoristas que “trafeguem com velocidade reduzida no trecho da obra, com o máximo de atenção e, se possível, procurem rotas alternativas”. A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina) “fará o monitoramento e ajustes que se façam necessários, inclusive no semáforo no entroncamento com a Avenida Harry Prochet”.
ATRASOS
A intervenção na Avenida Octávio Genta foi iniciada em fevereiro do ano passado, com objetivo de dar uma continuidade de 2 km à Waldemar Spranger, que termina no viaduto da PR-445.
A nova pista dupla irá ligar a região do Terra Bonita e Alphaville ao Vivendas do Arvoredo, permitindo acesso da Waldemar Spranger até a rotatória da Avenida Mábio Gonçalves Palhano. A pretensão é desafogar o alto fluxo de veículos na área, densamente povoada, e contemplar melhorias no sistema viário.
O prazo de conclusão era de 300 dias corridos, com entrega prevista para o final do ano passado. O investimento inicial era de R$ 12,1 milhões, por meio de recursos do Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento voltado ao Setor Público). Em dezembro, a empresa vencedora da licitação, Executar Comercial e Serviços Eireli, pediu um aditivo de prazo à Prefeitura.
Na época, a contratada alegou que houve um aumento substancial no volume de terraplanagem para 26 mil metros cúbicos, além da “recusa do proprietário de um posto de gasolina localizado em trecho da obra em autorizar o acesso e as intervenções necessárias”, o que levou a alterações no projeto. A empreiteira informou ainda que teve dificuldades na contratação de remanejamento da rede elétrica, assim como aprovação da Copel para os desligamentos necessários.
Com a concessão do aditamento, o prazo de entrega passou para o dia 24 de março. Dois novos aditivos foram contemplados este ano, atrasando a obra por mais 120 dias e aumentando R$124.306,79 extras no investimento. Com todas as alterações, ela custará R$12.9 milhões e deve ser entregue em 22 de julho.
De acordo com a Secretaria de Obras, “como justificativa, a construtora elencou uma série de serviços a mais que precisaram ser executados, como uma cerca para fechamento de terreno, muro de arrimo em esquina e reperfilamento na pavimentação da via”. A mais recente medição dos engenheiros da pasta foi realizada no dia 22 de abril, e foi constatado que a duplicação está com 72,12% de execução.
INCÔMODO
O projeto inicial da construção incluía pavimentação e recape da via urbana em Concreto Betuminoso Usinado a Quente, terraplenagem, base e sub-base de pista, revestimento, meio-fio e sarjeta, além de urbanização, sinalização de trânsito, iluminação pública, drenagem e ensaios tecnológicos.
A FOLHA esteve na Avenida Octávio Genta nesta terça (20) e atestou que trabalhadores estavam limpando a via, com o uso de um caminhão-pipa. Outro caminhão e duas retroescavadeiras estavam presentes, com uma sendo utilizada para retirar terra da área construída.
Os tubos de concreto que deverão ser usados na rede de galerias pluviais estavam no canteiro central, que separa os dois sentidos da Waldemar Spranger. O acesso da marginal PR-445 para a Avenida estava com uma das pistas interditadas, separada por cones de trânsito.
Vinicius Taguchi, dono de uma oficina de carros na Waldemar Spranger, localizada bem próxima do acesso, informou que a obra foi prejudicial ao seu negócio mais de uma vez. “Eles estouraram várias vezes os canos, a gente ficou sem água. Já contaminou também a água e ficamos uns três dias com ela barrenta. A questão da sujeira é complicada. Não tem como limpar todo dia a oficina, já tivemos cliente que reclamou de o carro estar todo sujo, mas ele entende que é por causa da obra”.
Taguchi relembrou de vezes que a Avenida foi fechada “do nada”, sem aviso prévio, mencionando que foi informado das interdições que serão iniciadas na quarta (21) com o aviso da reportagem. “Quando começou, eles falaram que não ia demorar nem um ano, e já está há todo esse tempo”, reclamou.
OBRA IRMÃ
Quando iniciada em fevereiro de 2024, a prefeitura informou que a construção era necessária por conta do acesso “problemático” à zona sul. Para ajudar a sanar o problema, além da construção da Octávio Genta, a duplicação da Avenida Constantino Pialarissi se encontrava em fase de licitação.
A obra, que vai conectar as zonas oeste e sul de Londrina, começou em agosto do ano passado e é orçada em R$ 31,1 milhões, mas ainda não tem data para ser concluída, sendo que o prazo inicial termina em junho.
Leia também:
