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Reflexões sobre o mundo do trabalho

Wellington Moreira
22 jul 2013 às 11:12
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Ainda hoje muita gente associa o ato de trabalhar a sofrimento ou mal necessário inevitável e não é raro encontrar aqueles que acordam na segunda-feira pela manhã com semblante de quem está pronto para enfrentar seu calvário particular. O mesmo tipo de gente que sabe de cor a data de todos os feriados do ano esperando um refresco e sofre em dobro quando algum deles cai no final de semana.

Mas isto não vem de hoje. Até mesmo o vocábulo trabalho é oriundo do latim tripalium, um instrumento de tortura utilizado pelos romanos. Ou seja, séculos atrás muita gente já padecia ao desempenhar o ofício que lhe dava sustento e também não via graça nenhuma em ter de ralar de sol a sol.

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Como justificativa alguns dizem que não fazem aquilo que gostam, mas será que pelo menos se esforçam para gostar daquilo que fazem? Afinal, poucos são os afortunados que têm a oportunidade de atuar na profissão de seus sonhos e até mesmo estes têm de lidar com algumas fontes de desprazer que viabilizam aquilo que lhes agrada.

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Por outro lado, há pessoas que exageram na devoção ao trabalho, submetendo-se a jornadas estafantes dia após dia, meses a fio. Workaholics, que justificam as tarefas continuadas do final de semana como inevitáveis por causa da correria que enfrentam no dia a dia e que sustenta sua ética do trabalho em responsabilidades excessivas ou no falso comprometimento. Aquelas que não trabalham para viver e sim vivem para trabalhar.

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Gente que sempre diz sim a qualquer pedido feito pelo chefe ou cliente, vive pensando na próxima pós-graduação que irá cursar – mesmo antes de finalizar a atual –, cujos melhores amigos só podiam ser os colegas da empresa e está disposta a aceitar qualquer nova proposta profissional sem pesar aquilo que pode lhe custar nas demais esferas da vida. Cuja identidade se confunde com o trabalho que realiza.


Se você se assemelha com algum destes dois perfis apresentados é melhor rever seus conceitos o quanto antes para evitar arrependimentos futuros e ainda aproveitar as oportunidades que o mercado oferece, pois ele passou a ser valorizar como nunca pessoas equilibradas, consistentes e de bom senso.

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Por quê? Vivemos tempos contraditórios. A idade média na qual as pessoas estão assumindo o primeiro cargo de liderança já é de aproximadamente 35 anos e não é raro encontrarmos quem tenha assumido posições importantes ainda mais cedo. Contudo, no outro extremo, por consequência da baixa qualificação, 50% das pessoas desempregadas tem entre 16 e 24 anos, segundo o IPEA, angustiando a Geração Y como um todo.


Só que não podemos esquecer que alguns empregadores têm exigido tantos predicados das pessoas que só contando com um cinto de utilidades do Batman para atender os requisitos mínimos exigidos. E o pior: como os salários oferecidos geralmente não acompanham os anseios das pessoas que atendem o perfil – já que investiram muito tempo e dinheiro em sua formação –, é cada vez mais comum que permaneçam desempregadas até que surja alguma oportunidade melhor.


Portanto, se muitos dos jovens não têm a qualificação exigida e outros que a possuem nem sempre aceitam as ofertas disponíveis, quem estava pronto para pendurar as chuteiras e enfrentava o temor da aposentadoria precoce e forçada voltou a ter papel de destaque. Aproximadamente 5 milhões de brasileiros com mais de 60 anos estão compartilhando suas experiências, aprendendo coisas novas e tendo de lidar com gente que tem um terço da sua idade nas empresas. É por isto que só se fala em conflito de gerações.


Nesta semana na qual comemoramos o Dia do Trabalhador destaco estes exemplos apenas para lembrar que o mundo corporativo carrega suas incoerências e é mutante por natureza. Se você não evoluir junto com ele ou viver de ideias preconcebidas sobre o trabalho como um todo poderá se frustrar à toa.


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