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Melhor amigo do homem

A vida de um cão-guia: o que acontece após a aposentadoria?

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
21 out 2019 às 08:26
- iStock
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Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010, no Brasil, existem 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual e aproximadamente duzentos cães-guias com a tarefa de conduzi-los até os lugares. A causa desse número reduzido de cães é motivada por alguns fatores, como o baixo investimento para o treinamento dos animais e, principalmente, pela falta de famílias voluntárias para recebê-los durante o período inicial de formação.

Do nascimento à aposentadoria - Nascidos na maternidade do Centro de Treinamento de Cães-Guias do Instituto Magnus, após aproximadamente dois meses de vida, os filhotes são acolhidos por famílias voluntárias, chamadas de socializadoras, que têm um papel essencial no primeiro ano de vida dos futuros cães-guias.

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As famílias socializadoras têm o compromisso de expor os cães a uma rotina diária, que conta com tarefas como ensinar o filhote a se comportar em determinados lugares e também apresentar situações que vão, possivelmente, ser enfrentadas por ele. As famílias introduzem o filhote a sua rotina e o integram em transportes coletivos, idas ao banco, passeios em espaços públicos, convivência com outros animais e pessoas, entre outras atividades sociais.

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Todos os custos, desde alimentação, medicamentos, acompanhamento veterinário e adestramento são de responsabilidade do Instituto em que esses filhotes nasceram.

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Após o período de aproximadamente um ano de socialização, os cães retornam ao Centro de Treinamento e iniciam o treinamento específico para se tornarem cães-guias. O processo todo dura cerca de 18 meses e, enquanto o cão está sendo preparado, o Instituto busca uma pessoa com deficiência visual e realiza análises de compatibilidade de perfil e comportamento para formar as futuras duplas.


Após esse match, as duplas passam por um treinamento para adaptação, que dura cerca de 30 dias, divididos em duas partes. Durante os primeiros 15 dias, o treinamento é realizado 24 horas por dia e executado no Complexo, que conta com mais de um quilômetro de calçadas, onde são colocados obstáculos como cones e cavaletes, para que simule situações e a pessoa com deficiência visual pratique as tarefas com o cão. Depois deste período, a adaptação continua na rotina de cada pessoa e a equipe técnica acompanha para que as atividades sejam feitas em condições reais.

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Os profissionais do Instituto acompanham tudo de perto e, após a entrega, realizam visitas periódicas para acompanhar a dupla e se certificar de que tudo está correndo bem.


É importante ressaltar que o Instituto Magnus preza pelo bem-estar dos cães e, ao longo deste treinamento, se identificada alguma questão que impeça o cão de seguir a profissão, ele pode ser direcionado para outra atividade ou desligado do programa.


Em geral, os cães-guias trabalham por aproximadamente 8 anos e sempre são avaliadas as condições de saúde dele e do seu dono. A decisão de aposentá-lo varia de caso a caso e é tomada junto com a Instituição. Quando finalmente chega a hora de parar de trabalhar, o cão pode continuar com o seu companheiro, ou pode também ser adotado por um familiar ou amigo, para aproveitar a sua aposentadoria como um bicho de estimação e continuar a receber todo o carinho e atenção que merece.

O cão-guia pode ser uma ferramenta de mobilidade de pessoas cegas e com baixa visão. Atualmente, a lista de interessados em receber um cão-guia pelo Instituto Magnus está em quase 350 e, para doá-los, são estabelecidos alguns critérios de avaliação, considerando a necessidade, a região atendida, preferencialmente, e a mobilidade do candidato.


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