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Londrina

Após maus-tratos, cão se recupera e pode ser adotado

Fernanda Circhia - Grupo Folha
18 set 2019 às 10:31
- Divulgação/ADA
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Moradores de um prédio no Jardim Vitória, próximo à avenida Maringá, presenciaram cenas fortes na noite do último dia 8. Um cachorro levou uma facada na cabeça por um homem que, conforme o boletim de ocorrência da GM (Guarda Municipal), confessou o que fez e ainda estava com marcas de sangue nas mãos e nos braços.

A estudante Ana Caroline Dellacour, que mora no prédio ao lado de onde o cachorro foi gravemente ferido, relatou à reportagem que o homem começou a incomodar o cachorro, batizado de Blaid. "O bichinho não estava fazendo nada. Eu vi tudo na janela do meu quarto e da sacada", disse.

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"O homem começou a correr atrás dele e eu achei estranho porque ele ficava falando que o cachorro não sabia do que ele era capaz. E o coitadinho ficou fugindo dele e entrou pra dentro de casa", disse Ana Caroline. De acordo com ela, o cachorro sempre entra correndo pra casa quando fica com medo.

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"O homem começou a gritar um monte com ele. E aí ouvi o cachorro chorar. E, em seguida, vi ele sair de lá sangrando muito pela cabeça. Ele parou num cantinho sangrando horrores", lembrou. Logo depois, a estudante afirmou à reportagem que viu o homem saindo da casa com uma faca cheia de sangue e que foi para cima do cachorro novamente.

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"Nesse momento eu gritei que ia chamar a polícia. Ele desistiu de machucar o cachorro e entrou na casa. Imediatamente procurei o pessoal da ADA (Associação Protetora dos Animais), que logo responderam e acionaram a vereadora Daniele Ziober, que pediu para policiais irem ao local, pois liguei no 190, mas me informaram que não poderiam fazer nada", ressaltou.


A vereadora relatou que recebeu uma ligação da presidente da ADA, Anne Moraes, contando que recebeu uma denúncia sobre o caso. "Na mesma hora pedi o apoio da Guarda Municipal e fui junto para socorrer o animal. Quando cheguei lá a Guarda já estava e já tinha rendido dois homens. Em seguida, já peguei o cachorro e levei para a clínica. E a denunciante foi depor na delegacia", esclareceu.

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A estudante afirmou ao Portal Bonde que foi até a delegacia e contou tudo que viu de sua janela. "O homem distorceu tudo. Mentiu falando que levava o cachorro pra passear e que dava ração. Mas não é verdade, pois era o pessoal do prédio que levava todo mês pra ele. Todos têm muito carinho por ele. Eu sempre passava ali na frente e ficava brincando com ele. Ele só tem tamanho, é muito amoroso. Só quer brincar." Além disso, Dellacour disse que o homem falou aos policiais que o cachorro avançava nas pessoas, "o que logicamente é mentira".


Em seguida, o homem foi liberado. No entanto, uma audiência foi marcada, segundo a estudante. "Só de lembrar me dá muita tristeza. Voltei a ter crises de ansiedade. Na hora eu tive uma crise, mas minha mãe me ajudou e eu consegui me controlar para conseguir ajuda para ele", declarou. "Ele morava ao lado do nosso prédio. Ele tinha uma senhora que era uma mãe pra ele. A mãe dele criou aqui ao lado e ele também cresceu aqui ao lado. Todos aqui do prédio criaram ele desde pequeno", acrescentou.


Ziober informou ao Bonde que quer conseguir uma família de verdade pra ele. "O homem que esfaqueou o cachorro mudou para aquela casa há três meses e o Blaid já estava lá, ou seja, além dele ter sido abandonado uma vez na casa, foi esfaqueado pelo segundo morador."

Os interessados em adotar o Blaid, bonzinho e brincalhão, podem entrar em contato pelo telefone 99998-1502. Por enquanto, Blaid está sendo cuidado na ADA e aguarda por uma família.


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