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Mudança de rotina da casa pode levar gatos ao estresse e potencializar doenças

01 jul 2020 às 09:49

No isolamento social, a rotina da casa se mistura entre afazeres domésticos, trabalho e lazer. Nesse turbilhão vivido por boa parte da população, os animais domésticos acabam com suas rotinas alteradas.

Os gatos – que são animais mais territorialistas e têm rotina muito bem definida por sua própria natureza – podem sofrer ainda mais. A veterinária especializada em medicina felina, Leila Isono Pereira, responsável pelos atendimentos de pequenos animais na clínica escola da Unopar, campus de Arapongas, elencou mudanças de hábitos dos gatos que podem ocorrer neste momento de pandemia e dá dicas importantes aos tutores.


Mudança da rotina


O gato é um animal que gosta de rotina, portanto eles acordam, brincam, se alimentam e dormem quase sempre nos mesmos horários. A mudança de rotina dos tutores de gatos ocasionada pelo home office impactou diretamente a vida do animal também.


Em alguns casos, o local onde o gato dormia no meio da tarde, por exemplo, é onde o tutor está trabalhando agora, além disso a casa ficou muito mais movimentada: o animal antes ficava no silêncio e agora precisa enfrentar uma movimentação, crianças que não estão indo para a escola, tudo isso pode fazer com que o animal se sinta estressado.


Sinais do estresse felino


Uma maneira que o gato pode demonstrar que está estressado é se escondendo. Geralmente debaixo de um móvel, dentro do guarda-roupa, onde ninguém vai ficar incomodando ele com facilidade. Outro sinal que o gato pode apresentar é a agressividade, mesmo para os animais mais dóceis. O gato tolera que você "apertar” ele uma vez, duas, mas vai chegar uma hora que ele vai morder, arranhar, como uma forma de defesa.


Doenças emocionais podem se tornar doenças físicas


Assim como em humanos, nos gatos, doença emocional pode se tornar física. É muito comum que o gato que está em um constante estresse desenvolvam cistite, que é a inflamação na bexiga, tem gato que começa a se lamber compulsivamente, arrancando os próprios pelos, outros param de se alimentar e também para aqueles com doenças pré-existentes, como doença renal crônica, FIV e FeLV, que são doenças infecciosas que deixam a imunidade dos gatos portadores mais baixas, quando adiciona o fator estresse, as doenças que estavam controladas, podem ser agravar.


Minimizando o estresse


A melhor forma do tutor manter o gato tranquilo é tentar manter sua rotina. De manhã, se estão mais agitados - geralmente acordam e ficam correndo - é a hora de dar um carinho, brincar, sempre respeitando o momento do gato. Quando o animal estiver dormindo, relaxado, evite mexer com ele, ficar acordando, porque isso o incomoda. Outra forma é colocá-lo num local que se sinta abrigado, onde não tenha muito barulho, gente passando. Hoje em dia existe também os feromônios sintéticos, que podem ser utilizados no ambiente para transmitir ao gato a sensação que o ambiente é seguro.


Quando levar ao veterinário?

É esperado que o gato tenha alterações de comportamento com a mudança de rotina, mas se o tutor observar que as mudanças de comportamento se perpetuam por alguns, o ideal é levar ao médico veterinário para que seja investigado se pode haver alguma doença que deva ser tratada.


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