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Pesquisadora instrui comunidade da UEL sobre convivência com macacos

Gustavo Batista - Estagiário*
22 dez 2021 às 12:48
- Laboratório de Ecologia e Comportamento Animal - UEL
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O encontro, muitas vezes temido, com os macacos já tornou-se parte da experiência acadêmica de inúmeros estudantes e servidores da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Alguns aproveitam as não raras aparições para observar o comportamento destes primatas que já conquistaram o posto de símbolo moral da instituição. 


Com a aprovação da retomada das atividades presenciais no campus, prevista para 24 de janeiro de 2022 e viabilizada com o avanço da vacinação anti Covid-19 dos estudantes, os silvestres voltam a dividir espaço com pessoas.

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No entanto, o ensino à distância, solução para a retomada do calendário escolar durante a pandemia de Covid-19, confinou a comunidade universitária em casa e levantou a inquietante dúvida: como ficaram estes animais com a redução considerável do fluxo humano no campus?

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A professora Ana Paula Vidotto Magnoni, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal da UEL, segue à frente, desde 2016, de projetos de pesquisa e extensão que estudam o comportamento dos macacos-prego e divulgam os dados coletados para a comunidade. 

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Contagens da iniciativa tocada pela especialista revela que o bando habitante da UEL apresenta entre 35 e 37 exemplares da espécie macaco-prego-preto ou macaco-prego-de-tufo-preto, nativa da Mata Atlântica, mas comum em Londrina e região.


Magnoni aponta o livre locomoção dos macacos em áreas mais amplas como uma das vantagens usufruídas por eles nesta paralisação. Segundo ela, a ausência de pessoas proporciona uma sensação de segurança para os animais vagarem pelo habitat. 

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Apesar de ser cedo para uma conclusão científica acerca da mudança de hábitos, a especialista argumenta que era recorrente a ingestão de alimentos descartados na lixeira pelos primatas. Esse abandono da alimentação com materiais antrópicos, que são restos de comida humana, é apontado como um dos principais benefícios deste período.


A pesquisadora prepara, junto ao setor de comunicação da Universidade, uma campanha de orientações sobre a convivência saudável com os macacos. Muitos dos estudantes tiveram aulas ministradas apenas pelo Google Meet e não tiveram contato com estes animais.

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Mas Magnoni antecipa instruções úteis:


Não alimente 

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As diferentes espécies de plantas frutíferas espalhadas pela UEL já suprem as necessidades nutritivas dos macacos. 


Alimentá-los cria o hábito de pedir, o que pode resultar em uma relação problemática entre os envolvidos. "No momento que a pessoa não der o alimento, eles podem ameaçar e até atacar", adverte Magnoni.

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Observar? Só de longe


A especialista não recomenda se aproximar dos animais, nem mesmo tocá-los ou fotografá-los. Antes de tudo, eles são silvestres e a ocupação do ambiente urbano não implica uma domesticação. "Seu comportamento pode ser imprevisível e inesperado para humanos", completa a acadêmica.

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Informe-se


O conhecimento tem papel prático na relação com os macacos. Entender suas peculiaridades colabora para sobrevivência deles no habitat, como defende Magnoni: "Conhecer sobre a espécie, seus hábitos e comportamentos é uma ferramenta importante, visto que aproxima as pessoas do conhecimento sobre a espécie e sensibiliza para questões de conservação".


Mais informações podem ser consultadas no site do Laboratório de Ecologia e Comportamento Animal da UEL.


*Sob supervisão de Luís Fernando Wiltemburg

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