Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Companhia

Pets tornam as ruas e as casas mais leves durante a quarentena

Lívia Marra - Folhapress
16 jun 2020 às 09:04
- Reprodução/Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Enquanto tantas pessoas cumprem isolamento social, cães são presença diária nas ruas, com passeios agora mais modestos e regrados.

Em meio à nova rotina e incertezas geradas pela doença, um animal brincando ou explorando um canteiro de árvore pode despertar um sorriso e aliviar o estresse.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Para os pets, a voltinha vai além do momento de fazer as necessidades. É quando têm contato com o mundo, gastam energia e aprendem pelo olfato e com a socialização.

Leia mais:

Imagem de destaque
Morto em voo

Tutor do cachorro Joca diz que caixa de transporte tinha identificação incorreta

Imagem de destaque
Poxa, Chico!

Macaco entra em mercado, bebe cerveja, abre alimentos e é apreendido em SC

Imagem de destaque
Tragédia

Estresse e temperatura do porão de avião podem ter causado a morte do cão Joca

Imagem de destaque
Durante exercício

Cavalos fogem do Palácio de Buckingham, machucam pessoas e danificam carros


O shih-tzu Sheike, de dois anos, sabe bem como é isso. Mesmo com a quarentena em São Paulo, ele sai duas vezes por dia e faz o que mais gosta pelo Jardim Ester (zona oeste): cheira o mato, corre atrás de pombas e passarinhos, brinca com os amiguinhos na praça.

Publicidade


Os passeios duram aproximadamente uma hora e meia, diz o técnico de enfermagem Carlos Joaquim Fernandes, 57. O cachorro volta cansado, mas –depois da devida higiene das patinhas– ainda tem fôlego para brincar com a bolinha. "Ele é muito companheiro, só dá alegria", afirma o tutor.


Grandes amigos e às vezes única companhia, animais são também aliados da saúde mental. Estudos mostram que eles facilitam a interação entre pessoas, diminuem a solidão e fazem bem à saúde.

Publicidade


Nino, de quatro anos, foi adotado pela técnica em enfermagem Aparecida Araújo da Silva, 61, após uma tragédia: a morte de Paçoca, atingido por um carro na calçada, na porta de casa. A tutora conta que Nino é irmão biológico de Paçoca, brincalhão e ciumento.


Com o coronavírus, seus passeios próximos a uma praça no Jardim São Jorge (zona oeste) foram adaptados para horários com menos gente na rua e têm um trajeto de cerca de 3 km, calcula Aparecida. Ele conhece todas as árvores do percurso e tem um monte de amigos.

Publicidade


No mesmo bairro, a família da coordenadora de RH Dayana Lopes Floriano da Silva, 36, inclui seis cachorros e dois gatos, com idades entre 4 e 16 anos.


Os mais velhinhos não costumam sair, outra cadela só passeia no carro, mas Patucha, 6, e Netinho, 5, são as companhias quando o pai da Dayana vai comprar cigarros.

Publicidade


Tranquila, Patucha gosta de farejar a rua, mas é atenta e pode avançar se sentir que seu Juscelino corre algum perigo. Já Netinho prefere abocanhar algum mato que encontra pelo caminho.


Autoridades de saúde monitoram os casos de coronavírus e afirmam que não há indícios de que animais de estimação transmitam a doença a seres humanos.

Publicidade


Com as recomendações de distanciamento, porém, a orientação é fazer passeios curtos com os pets, em horários e locais de menor movimento, com apenas um responsável. Na volta, as patas devem ser limpas com água e sabão.


A higiene é preocupação da advogada Tatiane Andressa Westphal Pappi, 39, sempre que Thor, 8, retorna da rua, nos Jardins (região central). Ela diz que o buldogue francês sabe quando é hora de passear, interage com pessoas, mas não gosta da aproximação de outros cachorros.

Publicidade


Segundo Tatiane, a saída serve para o cachorro se exercitar. Em casa, brincar com o ossinho é a diversão favorita, além de aproveitar o home office para ficar perto da tutora. "Ele está um grude. Onde eu vou, ele vai atrás."


Na mesma região, o spitz alemão Bento, 4, fica feliz quando pode entrar nas lojas em sua caminhada, encontrar amigos e ganhar carinhos. Com a quarentena e comércios fechados, porém, resta cheirar e olhar as fachadas, segundo o publicitário Sidnei da Cunha, 53.


Mais curtos nos dias úteis, os passeios do spitz podem chegar a uma hora nos finais de semana, com cuidados incluem limpeza das patinhas e da coleira. De acordo com o tutor, agora menos pessoas se aproximam para brincar com o cachorro, que é tranquilo.


Já o maltês Toy, 2, sai para espairecer, e sua tutora, a designer gráfica Helena Motta aproveita para se exercitar. Ele percorre ruas dos Jardins em um carrinho para pets.


Caseiro e cheio de brinquedos, não gosta da rua, afirma a tutora. Mas ama o carrinho. Fica quietinho no trajeto e só se agita quando tem vontade de fazer as necessidades. Porém, fica pouco no chão. Anda uma quadra e logo quer voltar para seu meio de transporte.


Helena, no grupo de risco para Covid-19, diz ter saído pouco de casa, mas tem a companhia de Toy. "Ele é muito companheiro e deixa as coisas leves."


Opinião parecida é compartilhada por Carolina Bezerra, 35, que mora com Puppy, 3. A gerente comercial afirma que a cadela, da raça buldogue francês, é companhia não só em época de isolamento.


A tutora conta que sente a cadela mais apegada após o período em home office. Dócil e sociável, Puppy sempre esperava brincar com algum cachorro ou pessoa nas ruas de Perdizes (zona oeste) em seus passeios, reduzidos de duas para uma vez ao dia. Mas, receosa e preocupada com a higiene, Carolina diz agora evitar que desconhecidos toquem o animal.


Tire suas dúvidas sobre coronavírus e pets


Pets transmitem coronavírus?


Não há evidências de que animais de estimação transmitam a doença, mas as autoridades monitoram informações.


Estou com Covid-19. Posso ficar com o pet?


A recomendação é evitar proximidade com o bicho porque o contato de uma pessoa infectada pode deixar o vírus em sua pelagem. Contra uma possível transmissão, lave bem as mãos antes e depois de interagir com o animal.


Posso passear com o cachorro na rua?


O tutor deve obedecer às regras sanitárias de sua cidade. Se não houver restrição, pode sair com o animal, mas a recomendação é de passeio curto, em horas e locais com menos movimento. Apenas uma pessoa deve ir e deve ser evitado contato com outros animais e pessoas. Ao voltar para casa, as patas devem ser higienizadas com água e sabão neutro.


Com que frequência o animal deve tomar banho?


Com passeios mais curtos, banhos podem ser dados com menos frequência –quinzenal ou mensalmente–, se o animal não tiver problemas dermatológicos, afirma a veterinária Rosangela Ribeiro Gebara.


Pet shops funcionam?


Na cidade de São Paulo, podem funcionar atividades de saúde animal, além de banho, tosa e hotel para cães, desde que sejam prestadores de serviços veterinários ou comercializem medicamentos e alimentos para animais.


Devo levar o pet ao veterinário?

A orientação do CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária) é para que as clínicas façam apenas atendimento emergencial e estritamente necessário. Caso o animal apresente alteração, o tutor deve ligar para o veterinário e, se necessário, agendar consulta.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade