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Peixe chinês de 500kg pode ser o primeiro animal extinto em 2020

Gabriel Alves - Folhapress
09 jan 2020 às 09:01
- Reprodução/Wikimedia Commons
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O Psephurus gladius, também chamado localmente de peixe-elefante, já foi considerado uma espécie comum no rio Yangtze, na China. Agora ela pode ser a primeira oficialmente extinta em 2020.

Cientistas chineses e da República Tcheca publicaram um novo estudo relatando a má notícia no periódico Science of the Total Environment. O manuscrito foi aceito para publicação em dezembro de 2019 e deve ser publicado nos próximos meses em sua versão definitiva.

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O anúncio da extinção era esperado. Desde 2003 não se vê um espécime vivo do peixe, que chegava a medir 7 m de comprimento e pesar mais de meia tonelada.

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Os cientistas fazem periodicamente um mapeamento na bacia do rio Yangtze, que tem 6.300 km de extensão e mais de 400 afluentes, para avaliar a biodiversidade. Trata-se de um ecossistema bastante rico, com altitudes que variam em até 5.400 m e climas distintos em seu curso.

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O Yangtze é um dos rios mais intensamente navegados no mundo, de acordo com os cientistas. O motivo para o fim da espécie, escrevem, seria a intensa pesca e a degradação e fragmentação no habitat – ou seja, faltou espaço para que o peixe conseguisse se alimentar e se reproduzir.


Uma proibição de pesca do animal estava vigente desde 1983, mas, apesar disso, ele era uma vítima secundária da pesca de outros peixes, ficando presos em redes, por exemplo.

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Segundo um modelo matemático empregado pelos pesquisadores, é provável que a chamada extinção funcional tenha acontecido até 1993, quando já não se observava a reprodução dos peixes nos berçários onde isso era comum.


A extinção de fato deve ter ocorrido entre 2005 e 2010 e pode ser classificada como definitiva segundo os critérios da lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, já que não há registro de exemplares do P. gladius em cativeiro e tecidos vivos não foram conservados para uma potencial ressurreição.

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Como a espécie era piscívora (se alimentava de peixes) e ficava no topo da cadeia alimentar, provavelmente a população nunca foi muito grande. As chances de sobrevivência baixaram após a exploração na década de 1970 e com a construção de barragens ao longo do rio.


O P. gladius faz parte da ordem dos Acipenseriformes, que inclui também o esturjão (famoso pelo caviar), que existe há 200 milhões de anos. Seis espécies de peixes-espátulas, como o P. gladius, são conhecidas, quatro delas apenas pelo registro fóssil.


No mapeamento da bacia do Yangtze, realizado entre 2017 e 2018, foram encontradas 332 espécies de peixes. Entre elas não estavam outras 140 já registradas em outras ocasiões – muitas delas ameaçadas de extinção.

"O desenvolvimento sustentável e a conservação da biodiversidade têm de ser amplamente reconhecidos como as prioridades para toda a bacia do rio Yangtze, para prevenir e mitigar as irreversíveis mudanças na região", concluem os cientistas.


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