Algumas regiões do Brasil, sofre com a falta de vacina contra a catapora, doença infecciosa causada pelo vírus Varicela-Zoster, que afeta principalmente crianças, mas também pode afetar adultos. Portanto é importante que pais e responsáveis estejam atentos aos principais sintomas da doença e tomem os devidos cuidados para evitar a transmissão.
A catapora é altamente contagiosa, podendo ser transmitida por contato direto com as lesões da pele, secreções respiratórias ou gotículas de saliva de pessoas infectadas.
Leia mais:
UTIs crescem no Brasil, mas milhões ainda vivem longe de leitos, diz estudo
Lula segue lúcido e caminha e se alimenta normalmente, diz boletim
Não conseguiu o auxílio-doença do INSS? Veja como ter o benefício, alvo de pente-fino em 2024
Investigação sobre desvios em compra de vacina da Covid volta ao STF, e PGR analisa em segredo
Sintomas da doença
Segundo Andrea Dambroski, médica do Departamento de Saúde Escolar dos colégios da rede Positivo, os sintomas da catapora aparecem após o contato com o vírus e começam com manchas vermelhas, evoluindo para vesículas, pústulas e crostas na pele. “Os pais devem ficar atentos aos principais sintomas, que incluem febre, mal-estar, dor de cabeça, perda de apetite e lesões na pele. As feridas são predominantes na face, couro cabeludo e tronco, evoluindo para outras partes do corpo”, alerta a pediatra.
Isolamento é importante para diminuir a propagação da doença
Se a criança apresentar sintomas de catapora, é importante que fique em casa, isolada de outras pessoas, por pelo menos 7 a 10 dias, ou até que as lesões estejam bem secas. “Durante o período de isolamento, alguns cuidados são essenciais, como lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel, manter as unhas da criança curtas para evitar que ela coce as lesões e cause infecção secundária, evitar que o infectado compartilhe objetos pessoais, como toalhas, roupas e brinquedos, e cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar para evitar a transmissão do vírus para outras pessoas.”
Tratamento
Não existe um medicamento específico para tratar a catapora. O tratamento visa aliviar os sintomas, como febre, coceira e dor. Geralmente, a catapora tem uma evolução benigna, mas é importante estar atento a possíveis complicações, como otite (infecção de ouvido), infecção secundária das lesões de pele, pneumonia e encefalite. A médica faz um alerta: “caso a criança apresente algum sintoma grave, como febre alta persistente, falta de ar, convulsões, alterações neurológicas ou persistência dos sintomas após 10 dias, é importante buscar atendimento médico imediatamente.”
Vacinação
A vacina contra a catapora é a melhor forma de prevenir a doença. É segura e eficaz, podendo ser aplicada em crianças a partir de 12 meses de idade. Em caso de falta de vacina na rede pública, ela também está disponível na rede privada. No Brasil, a vacina auxilia a conter a propagação da doença. “Ela não está erradicada, acredita-se que a vacinação possa diminuir consideravelmente os casos, porém uma pequena porcentagem dos indivíduos vacinados pode desenvolver a doença (geralmente de forma leve). Assim, não é possível prever se há chance da catapora ser erradicada”, finaliza.
Alguns estados do país sofre com desabastecimento de vacina
O Ministério da Saúde explica que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu o fornecimento da vacina da catapora em março de 2023 para avaliar a nova composição do imunizante. A decisão foi tomada em conjunto com a agência europeia de medicamentos. Após análise, a vacina foi liberada em julho do mesmo ano, mas a interrupção causou atrasos no abastecimento global, levando ao desabastecimento em alguns estados. O Ministério da Saúde recebeu 1 milhão de doses em dezembro de 2023 e planeja distribuir 554 mil doses até o final de janeiro.
LEIA TAMBÉM: