Um dos problemas desse tipo de tratamento é que, além de eliminar o câncer, ele acaba com os cabelos e afeta a autoestima feminina. No entanto, isso não aconteceu com Dora. Minutos antes do início do tratamento ela recebeu uma touca gelada e permaneceu com ela até quase uma hora depois da aplicação do medicamento. Durante as 12 sessões, Dora perdeu uma quantidade insignificante de fios, isso devido a crioterapia que protegeu o folículo de cabelo e impediu a queda.
"Achei que ia ficar careca, mas soube dessa técnica que não garantia 100% de permanência dos fios, mas de uma grande porcentagem", conta ela. "Perdi uns 10% do cabelo nas lavagens, mas ninguém consegue saber que fiz quimioterapia".
Segundo ela, o incômodo sentido durante as sessões com o aparelho valeu a pena. "Nos primeiros 10 minutos das primeiras aplicações, sentia um pouco de dor de cabeça, mas era suportável. Realmente vale a pena, não é uma tortura", conta.
A máquina
"O equipamento resfria o couro cabeludo, promovendo uma vasoconstrição e diminuindo o fluxo sanguíneo para a raiz do cabelo", explica Mariana Laloni, do Centro Paulista de Oncologia, em São Paulo. Com aparência de um capacete, a máquina é revestida por um gel resfriado a 4º C, podendo causar sensação térmica de 12º a 15º C..
Mariana Laloni explica que é preciso usar uma touca por uma hora antes da infusão de quimioterapia, durante e depois da medicação também. Quando a droga já estiver metabolizada o risco de queda de cabelo é praticamente nulo, mas o resultado pode variar de acordo com a intensidade do tratamento quimioterápico.
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Contraindicações
Não é indicada a realização do tratamento em pacientes com linfoma e leucemia. Pacientes claustrofóbicos podem não se adaptar à maquina devido ao uso da touca, que pode gerar um desconforto e pessoas com alergia no couro cabeludo também não podem receber o tratamento. (Com informações IG)
Redação Bonde