Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Cuidado!

Pandemia é 'sinal amarelo' para risco de automedicação

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
21 ago 2020 às 10:09
- Reprodução/Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Desde a chegada da pandemia do coronavírus ao Brasil, muito tem se falado sobre os métodos de tratamento da doença. Por ser um vírus novo, as formas de tratamento e prevenção não eram conhecidas.


Com estudos preliminares com dados de medicamentos indicados sendo lançados, a população aderiu às substâncias, mesmo depois que outras pesquisas comprovaram a ineficiência do remédio.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Contudo, esse costume não é atual, pois o brasileiro possui o hábito de usar medicamentos sem qualquer prescrição médica. De acordo com o CFM (Conselho Federal de Medicina), 77% da população ingere remédios sem nunca ter feito consultas sobre seu estado de saúde com profissionais da área.

Leia mais:

Imagem de destaque
Ansiedade e estresse

Consumir conteúdos com velocidade aumentada pode impactar na saúde mental; entenda

Imagem de destaque
20 atendimentos por dia

Clínica de Fisioterapia busca pacientes com lesões neurológicas e gestantes para atendimento gratuito em Londrina

Imagem de destaque
Visibilidade e direitos

Paraná promove mutirão para emissão da Carteirinha do Autista

Imagem de destaque
Na próxima quarta

'Por que o intestino é considerado o segundo cérebro?' é tema de live da Associação Médica de Londrina


"Muitas pessoas já têm um remédio que julgam ser o certo para cada tipo de sintoma que aparece. Uma dor de garganta, uma tosse ou uma dor de cabeça são sintomas clássicos para fazer uso de medicação sem qualquer tipo de prescrição. Com a Covid-19, o sinal ficou amarelo para a automedicação, com remédios que sequer respondem, cientificamente, para um bloqueio na evolução da doença. Esse é um problema gravíssimo”, explica o cirurgião vascular Francisco Simi.

Publicidade


Especificamente com o coronavírus, a necessidade de mudança das rotinas, restrições ao que era comum e uma forte polarização política parecem ter agravado esse comportamento da população brasileira.


Em abril, os presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Donald Trump, dos Estados Unidos, fizeram pronunciamentos inflamados sobre a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da doença.

Publicidade


Desta forma, houve uma busca desenfreada pelo medicamento – usado para tratar malária e lúpus – para conseguir se prevenir ou extinguir os sintomas do vírus. No entanto, o comportamento persiste mesmo depois de comprovada a ineficiência.


Além disso, a ivermectina – originalmente usada no tratamento de piolhos, pulgas e sarna – também passou a ser indicada depois de ter um resultado positivo ao Sars-Cov-2 in vitro. Em humanos, não se sabe qual é a eficácia.

Publicidade


Com a alta do consumo desses medicamentos, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alterou as regras para a compra dos medicamentos, fazendo com que as receitas sejam necessárias.


A RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 405/2020, publicada no dia 23 de julho, no Diário Oficial da União, estabelece que o paciente é obrigado a apresentar as duas vias da receita médica, e a primeira fica retida na farmácia. Cada receita é válida por 30 dias, a partir da data de emissão, em todo o território nacional e poderá ser utilizada apenas uma vez. A medida apenas será revogada ao final da situação de emergência pública.

Publicidade


"O regulamento unificou as regras de controle específicas para a prescrição da cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida e ivermectina", afirma a Anvisa em nota. "A norma tem por objetivo coibir a compra indiscriminada desses medicamentos, que têm sido amplamente divulgados."


Riscos da automedicação

Publicidade


O uso incorreto de remédios pode acarretar em graves efeitos colaterais. Há situações, inclusive, em que as substâncias ingeridas agravam os efeitos da doença que se tenta tratar.


Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Virologia de Wuhan, na China, epicentro inicial do surto de coronavírus, apontou que uma dose de 2 gramas de cloroquina – o dobro do indicado no tratamento – tomada sem supervisão médica tem potencial para matar um adulto.


No caso dos antibióticos pode ser ainda mais grave. "O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microrganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos, tornando-se necessário o consumo de medicamentos cada vez mais fortes e tóxicos para tratar infecções relativamente simples”, salienta Sérgio Brodt, chefe do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento.

Sendo assim, antes de se automedicar, é importante ir ao médico. Com as indicações e informações proporcionadas por eles, os profissionais da faculdade de Farmácia fornecerão os remédios necessários.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade