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Quando optar por fazer a cirurgia bariátrica

Redação Bonde
27 jul 2010 às 10:06
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A obesidade é um fator de risco que preocupa mais de 15% da população brasileira. Somente na região Sul são mais de 7% de mulheres e 3% dos homens com obesidade mórbida. Além dos riscos à saúde como problemas cardiovasculares, diabetes, entre outros, a autoestima abalada pode levar a outros problemas de saúde.

A obesidade é definida como quantidade excessivamente alta de gordura corpórea ou tecido adiposo em relação à massa magra do corpo. Para avaliá-la, é preciso saber qual é o Índice de Massa Corpórea (IMC) do paciente, que é a média da gordura corpórea baseada na altura e no peso.

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Medidas para curar a obesidade são várias. No entanto, o que a maioria dos especialistas defende é a mudança de hábitos que começa por uma reeducação alimentar. Mas, para isso, é preciso muita força de vontade e acompanhamento de profissionais da saúde. Outra solução para a perda de peso, que está sendo muito utilizada no Brasil, são as cirurgias bariátricas, medida que traz resultados a curto prazo, mas que pode causar diversos danos para a saúde, se não realizadas de forma correta e para o paciente indicado.

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Quem pode aderir à cirurgia bariátrica

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A realização da cirurgia bariátrica é recomendada para pacientes que possuam IMC igual ou superior a 40 (obesidade mórbida). Já para os pacientes que tenham IMC igual ou superior a 35 também podem realizar a cirurgia caso haja pelo menos dois fatores de risco ou comorbidades associados, como diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial, doença cardiopulmonar grave, apneia do sono, artropatia (severa), hérnia de disco, dislipidemia severa de difícil controle, esteatose (gordura no fígado), entre outros. Entretanto, para a realização do ato cirúrgico, o paciente precisa do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, como de um cirurgião habilitado, um nutrólogo ou nutricionista, um psiquiatra ou psicólogo, um endocrinologista, entre outros. "O ato cirúrgico é resultado de um acompanhamento de pelo menos dois anos com o endocrinologista, especialista em peso que tentará outras formas para a cura. Entretanto, muitas pessoas encaram a cirurgia como uma questão estética, e não é", explica o dr. Dilermando Hopfer Brito, endocrinologista da Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais. "Optar em fazer a cirurgia bariátrica é optar também por uma mudança no estilo de vida, pois este paciente terá que ter acompanhamento médico e tomar medicamentos pelo resto da vida", completa.


Quando a cirurgia é realizada

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Antes de passar pelo ato cirúrgico, o paciente inserido no perfil que pode realizar a cirurgia precisa ser preparado para as mudanças do organismo e de novos hábitos de vida. "Indicamos a cirurgia para pacientes portadores de obesidade de grandes proporções, de duração superior a dois anos, e resistente aos tratamentos que chamamos de conservadores, como os dietoterapêuticos, psicoterapêuticos, medicamentosos, por exercícios físicos, entre outros", explica o clínico-geral da Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais, dr. Heitor Lagos. "Realizamos todos estes procedimentos porque o paciente que se submete à cirurgia bariátrica precisa ter a compreensão do significado da cirurgia a longo prazo e seguir as devidas recomendações. Afinal, o ato cirúrgico não é nem o começo e nem o fim da obesidade. Pelo contrário, ele é parte de todo um processo de reeducação alimentar e conscientização de melhoramento da qualidade de vida", completa.


Os tipos de cirurgia bariátrica são vários. Entretanto, de acordo com o cirurgião Daniellson Dimbarre, a mais praticada no meio é a gástrica em y de roux, na qual é criada uma pequena bolsa a partir do estômago original. Essa bolsa permanece ligada em uma extremidade ao final da parte inferior do esôfago, e na outra extremidade a uma nova conexão criada para uma parte do intestino delgado. Ou seja, a cirurgia cria um atalho desviando os alimentos de parte do estômago e do intestino. "As vantagens desta cirurgia são a perda e a manutenção de peso sem a sensação constante de fome que os regimes determinam. Os excelentes resultados são o alto índice de cura e também a melhora de doenças associadas como diabetes, hipertensão, dislipidemias, apneia do sono, problemas articulares e muitos outros", explica Dimbarre.

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Mas, além dos riscos, por ser um ato cirúrgico, a cirurgia bariátrica pode ter índices de falha com média entre 5% a 10% dos pacientes com reganho de peso. "A mudança de padrão alimentar é essencial, pois ajuda evitar, ainda, outros riscos à saúde do paciente, como anemia e hipovitaminoses que necessitam de um acompanhamento multiprofissional constante", explica o cirurgião.


Quando a determinação marca um recomeço

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Deixar de ser obeso foi uma questão de escolha para o analista de crédito Gilson Luiz Silvério dos Santos. "Perdi 21 Kg em 5 meses, mesmo assim continuo em um constante processo de dieta e reeducação alimentar, pois tenho 1,70 m e o meu peso ideal não deve ultrapassar 75 kg", conta o homem que chegou a pesar 109 Kg e sofria para realizar atividades básicas do cotidiano, como dormir, caminhar e se vestir.


Levando uma vida sedentária, agravada por uma alimentação desregrada, Gilson atingiu um nível perigoso de sobrepeso. "Minha rotina estava cada vez mais complicada, eu não praticava exercícios físicos e comia de tudo e em quantidades exageradas. Cheguei ao ponto de ter grandes dificuldades de locomoção e comecei sofrer com problemas de pressão e colesterol". Preocupado com estes hábitos e com a saúde cada vez mais debilitada, o analista resolveu recorrer a especialistas para mudar radicalmente sua rotina, costumes e, principalmente, recuperar o bem-estar e uma vida saudável. "Quando atingi este estágio, me assustei e preocupei todas as pessoas que gostavam de mim. Neste momento, percebi que estava deixando minha saúde de lado e que já tinha passado da hora de emagrecer e mudar minha vida".

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Gilson passou por algumas avaliações na empresa onde trabalha e, posteriormente, iniciou um tratamento médico intensivo com especialistas da Paraná Clínicas e ele nem chegou a pensar em cirurgia Bariátrica, afinal, desde o começo, soube que o problema estava em seus hábitos diários. "Inicialmente, me consultei com o Dr. Patrick Alexander Wachholz, clínico geral que relatou, pontualmente, o estado da minha saúde e que me encaminhou para um acompanhamento nutricional com a Dra. Flávia Ferreira Sguario". No decorrer do tratamento, ele percebeu a importância de uma vida saudável e, principalmente, o significado da reeducação alimentar. "Foi muito complicado abandonar alguns hábitos que eu tinha. Tive que diminuir consideravelmente a quantidade de doces que eu comia, cortei as massas e passei a ingerir muitas frutas e verduras".


Após passar por esta verdadeira transformação, o analista afirma que as mudanças só lhe trouxeram felicidades. "Hoje, estou com 88 Kg, caminho, aproximadamente, duas horas por dia e me alimento de forma correta. Sou uma pessoa muito mais disposta e alegre, realizo tarefas que, há pouco tempo eu não conseguia e tenho recebido muitos elogios de parentes e amigos". Inspirado por este processo de "renascimento", Gilson aconselha todas as pessoas que querem emagrecer a seguir o mesmo caminho. "É importante que você tenha força de vontade, trace objetivos, goste de você mesmo e, também, dos seus familiares, pois são eles que estão sempre do nosso lado e se preocupam com a nossa saúde", comemora.

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Uma decisão de peso


Maria Fernanda Araújo Cordeiro Merling tem 45 anos e é executiva de contas de uma Agência de Turismo. Mãe de três filhos, Maria chegou a pesar 103 quilos depois de sua terceira gravidez. E, nunca mais conseguiu emagrecer. Os problemas com a saúde começaram a aparecer, como hipertensão, varizes, problemas na visícula, entre outros. Com IMC superior a 40, ela buscou a ajuda de médicos e conversou com um cirurgião bariátrico.


Passados dois anos com a obesidade, Maria fez todos os exames pré-operatórios. Inclusive, o tratamento psicológico, o qual ela julga fundamental para a realização do ato cirúrgico. "As pessoas precisam estar dispostas a mudar totalmente a vida delas", conta.


Em junho de 2007 fez a sua cirurgia e manteve o acompanhamento multidisciplinar com as diversas áreas da saúde. Inclusive com fisioterapeutas, que ajudaram a evitar problemas com o corpo. Após o ato cirúrgico, Maria passou por uma dieta de líquidos. E, de lá para cá, teve que reeducar sua alimentação.


O resultado foi a perda de 49 quilos em dois anos. Atualmente, Maria pesa 54 quilos e mantém, com acompanhamento de uma nutricionista, uma alimentação equilibrada. "Não faço dieta, mas sim, refeições controladas. Tenho que pensar no tamanho do meu estômago antes de comer qualquer coisa. Tudo para evitar complicações".


A conscientização dos prós e contras da cirurgia bariátrica levou Maria a escrever um livro. "Depois que saí do hospital, comecei a me relacionar com pessoas por meio de comunidades na internet. Descobri que existem muitas pessoas com dúvidas sobre as cirurgias bariátricas e não encontrei uma publicação que explicasse, sem uma linguagem técnica, os benefícios e riscos das cirurgias". Foi assim que Maria produziu o livro "Uma Decisão de Peso – O que você precisa saber sobre a cirurgia de redução de estômago", impresso pela Almenara Editorial.

Além de contar sobre sua experiência com a cirurgia bariátrica, o livro de Maria traz também depoimentos tanto de especialistas da saúde que acompanham este ato cirúrgico, quanto o de pacientes bem e mal sucedidos com a cirurgia. "Fiz o livro para as pessoas não operarem", comenta a mulher que só conseguiu sucesso na cirurgia por dois motivos, seguir à risca as orientações médicas e querer mudar de vida.


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