A chegada da época de festas de fim de ano, férias e viagens acaba impactando em vários setores. No caso do Hemocentro do HU (Hospital Universitário) de Londrina, este período representa uma queda significativa no número de doações de sangue.
A redução chega, em média, em até 20% no número de pessoas que procuram a unidade. A diminuição de bolsas coletadas acontece num momento em que a demanda é maior.
“As doenças habituais não param de acontecer e, além disso, temos muitos acidentes de trânsito, com mais pessoas usando o carro, viajando, saindo da rotina. O aumento de pacientes nas emergências médicas é muito maior”, alertou Fausto Trigo, médico hematologista e coordenador do Hemocentro do Hospital Universitário.
Leia mais:
Hoftalon entrega óculos para alunos de escolas municipais da zona norte de Londrina
Hemepar faz alerta para doação de sangue antes das festas de fim de ano
Ministério da Saúde amplia de 22 para 194 serviços voltados à população trans no SUS
Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos
Para tentar mudar este cenário, a unidade está funcionando em horário ampliado nesta e na próxima semana, abrindo das 8h às 18h30. Na véspera do Natal e do Ano Novo o hemocentro estará fechado. “Não há necessidade de agendamento. A pessoa só precisa comparecer com os documentos necessários (documento oficial de identidade com foto)”, orientou.
A estudante de direito Isabella Tolardo ouviu o chamado e procurou o hemocentro na manhã desta quinta-feira (22) para fazer sua parte.
“Estou com 22 anos e comecei a doar sangue quando tinha 18 anos. Venho no hemocentro a cada quatro meses e considero um gesto importante, de solidariedade, ainda mais no final do ano”, destacou.
Em 2022, a média tem sido de 1.050 doações mensais, quantidade inferior ao registrado antes da pandemia de Covid-19, quando os servidores recebiam cerca de 1.270 doadores por mês.
“Além da redução histórica que temos neste período do ano existe a queda da situação da pandemia, já que ainda não retornamos aos níveis de doações que tínhamos antes da doença. São dois desafios”, frisou Trigo.