“Impacto da saúde hormonal no bem-estar feminino” é o tema do próximo “Encontros AML”, que acontece do dia 18 de setembro, às 20h, no formato de live, pelo canal do YouTube da Associação Médica de Londrina (acesse aqui).
Irão participar da live os médicos associados Nelly Nabut, ginecologista, que irá mediar a conversa entre a Luciane Cazarin, cardiologista, e Victor Hugo Ferreira, endocrinologista. Eles irão responder a diversas perguntas sobre a saúde da mulher, em especial sobre as mudanças que ocorrem no corpo e na mente durante o climatério.
Nelly Nabut explica que a menopausa, que dá início ao climatério, é uma fase natural da vida da mulher, que marca o fim do ciclo menstrual e reprodutivo, a partir da ausência da menstruação por 12 meses consecutivos. “Isso ocorre por conta da queda nos níveis dos hormônios femininos progesterona e estrogênio, que são produzidos no ovário.”
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“Os sintomas da menopausa variam entre as mulheres, mas os mais comuns são: ondas de calor, alterações de humor, problemas de sono, incluindo insônia, diminuição de libido, mudanças físicas, como ganho de peso e perda da massa muscular, além da dificuldade de concentração e lapsos de memória”, cita a ginecologista.
Climatério impacta a saúde do coração
Diretora do Departamento de Cardiologia da AML, Luciane Cazarin vê na live a chance de chamar a atenção das mulheres para cuidarem da sua saúde cardiovascular.
“As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte em mulheres, matando mais do que todos os tipos de cânceres. E, com a menopausa, há um aumento da incidência de doenças cardiovasculares e aumento de mortalidade por doenças cardíacas”, alerta.
Segundo a cardiologista, desde 2022, a Sociedade Brasileira de Cardiologia publica a “Carta às mulheres”, a qual enfatiza que as mulheres precisam compreender que elas têm um ciclo de vida e que esse ciclo vai se modificando pela ação hormonal.
“O corpo, a mente e as emoções vão sofrendo a ação dos hormônios, que se modificam nas diferentes faixas etárias. Por isso, é importante a mulher conhecer e dar atenção aos fatores de risco para doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol em excesso, obesidade, tabagismo, sedentarismo, abuso exagerado de álcool. É necessário adotar hábitos saudáveis”, reforça a cardiologista.
Ela lembra, ainda, que a mulher sofre por conta do estresse com diversas questões, como as socioeconômicas, excesso de carga horária no trabalho, nos cuidados da casa, família e filhos. “Muitas mulheres ainda sofrem com violências psicológicas e até violência física e todos esses fatores abalam a saúde mental, podendo levar a ansiedade e depressão.”
“Isso contribui para o crescimento da incidência de doenças cardiovasculares e mortalidade em mulheres ainda jovens, que teriam expectativa de vida longa”, declara a Dra Luciane Cazarin, informando que a Sociedade Brasileira de Cardiologia tem trabalhado em medidas que visam reduzir a mortalidade feminina por doenças cardiovasculares em 30% até 2030.
O Dr. Victor Hugo Ferreira, diretor do Departamento de Endocrinologia da AML, destaca que o climatério é uma fase de muitas mudanças na vida da mulher e constitui uma excelente oportunidade para manter um estilo de vida saudável.
“Por isso, a mulher deve buscar manter um peso apropriado, por meio de exercícios e alimentação saudável. Especialmente nesta fase de transição da menopausa, é importante ter níveis adequados hormonais, para proteger a saúde da mulher e melhorar a qualidade de vida”, sugere o médico.
Além de explicar os efeitos da terapia hormonal, os fatores de risco cardiovascular e as estratégias para ajudar as mulheres a passarem pelo climatério sem sofrimento e com mais qualidade de vida, estas são outras questões que os especialistas irão responder durante a live, que terá cerca de uma hora de duração.