Celebrado no início desta semana (28), o Dia Mundial da Raiva alertou sobre o perigo da raiva humana e animal, doença que é transmitida pela inoculação do vírus rábico, principalmente por meio de mordida, arranhão ou contato com a saliva de mamíferos infectados.
Recentemente foi divulgado o primeiro caso de cura da raiva no Brasil e o terceiro no mundo. Com uma taxa de letalidade próxima de 100% a raiva é uma doença que pode ser prevenida, seja por meio da aplicação de vacina, soro ou imunoglobulina anti-rábica.
A Secretaria de Saúde tem uma parceria com a Secretaria de Agricultura para acompanhar a evolução da doença em animais. "Semanalmente a Secretaria da Agricultura, notifica à Secretaria da Saúde os casos de raiva ocorridos em animais como cavalos, bois, porcos e ovelhas, e em morcegos de qualquer espécie. Até o mês de agosto de 2009, foram confirmados 131 casos no Estado", afirma a responsável pela Divisão de Zoonoses da Secretaria da Saúde, Giselia Rubio.
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Raiva humana registrada em Foz
Ela lembra que o último caso de contaminação por raiva em humanos no Paraná ocorreu em 1987, quando uma criança foi mordida por um morcego ao tentar tirá-lo da boca de um gato. Quanto à raiva canina, o último caso relatado foi em 2005, no município de Foz do Iguaçu.
Uma das principais medidas de controle da raiva canina adotada no Brasil é a vacinação de cães e gatos. No Paraná, a Secretaria Estadual da Saúde realiza campanhas de vacinação nos municípios das Regionais de Saúde de Foz do Iguaçu e Toledo, como medida de prevenção, visto que o último foco de raiva canina foi importado do Paraguai.
55 mil casos ao ano no mundo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se no mundo a ocorrência de cerca de 55 mil casos ao ano transmitido por cães, principalmente nos continentes asiático e africano. Conforme o Plano de Eliminação da Raiva Urbana nas Américas até o ano de 2009, acordado com a Organização Pan-Americana de Saúde, o Brasil vem conseguindo reduzir o número de casos humanos transmitidos por cães e gatos. Todavia, nos anos de 2004 e 2005 ocorreu um aumento no número de casos humanos (64) notificados devido a surtos de raiva transmitidos por morcegos hematófagos no Pará e Maranhão.
As informações são da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento e Secretaria Estadual da Saúde.