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Cuidado!

Alerta: sarampo pode cegar o bebê durante gravidez

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
28 ago 2018 às 11:20

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- Divulgação
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A OMS (Organização Mundial da Saúde) coloca o Brasil entre os países com menor orçamento para a saúde. Depois de eliminar em 2016 o morbillivirus que transmite sarampo, o país vive novo surto da doença. O Ministério da Saúde informa que até agora a campanha de vacinação que termina em 31 de agosto só imunizou metade das 11,2 milhões de crianças com menos de 5 anos, que formam o principal público alvo.


"As piores sequelas da doença acontecem na visão de crianças, especialmente quando o vírus é transmitido ao feto durante a gravidez, através da placenta", alerta o oftalmologista, Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier. Isso porque, o bebê nasce com catarata congênita, doença que responde por 4 em cada 10 casos de perda da visão na infância.

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Por isso, ressalta, mulheres em idade fértil que nunca tiveram sarampo ou que não sabem se foram imunizadas nos primeiros anos de vida e adultos que não tomaram a vacina devem procurar pela imunização e tomar as duas doses de vacina no intervalo de um mês. Quem já passou dos 50 anos não precisa ser vacinado porque a maioria das pessoas nesta faixa etária já teve sarampo e por isso é imune à doença.

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Sequelas da catarata congênita

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O médico explica que entre crianças ou idosos as características da catarata são idênticas: o cristalino do olho fica opaco e impede que as imagens cheguem à retina, levando à cegueira se não for tratada.


A diferença é que no caso da catarata congênita a visão está em desenvolvimento. Por isso a falta de diagnóstico logo no início da vida pode acarretar outras doenças. Uma delas é a ambliopia ou olho preguiçoso que acontece quando só um olho é atingido pela catarata. "O esforço visual para enxergar com o olho de melhor visão anula o desenvolvimento do outro", afirma. Outras sequelas oculares que podem estar associadas à catarata congênita são: nistagmo (movimentos não coordenados dos olhos), estrabismo (desalinhamento dos olhos), fotofobia (aversão à luz) e dificuldade de fixação do olhos.

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Diagnóstico


Queiroz Neto afirma que o diagnóstico da catarata congênita é feito através de um exame barato e indolor. Trata-se do teste do olhinho, que deve ser realizado logo que o bebê nasce e está em vias de se tornar obrigatório em todo o país. É feito com um oftalmoscópio, espécie de lanterna com a qual o médico joga luz sobre o olho do bebê. Quando a luz emite um reflexo vermelho contínuo significa que o olho é saudável. Se o reflexo for descontínuo ou não for emitido indica catarata congênita.

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Tratamento


O oftalmologista diz que a cirurgia com implante de uma lente intraocular que substitui o cristalino opaco também é indicada no tratamento da catarata infantil. O procedimento, comenta, deve ser só feito quando o bebê completa três meses. Isso porque, proporciona melhor recuperação da função visual e pode induzir ao glaucoma se for realizado antes .

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Ele destaca que o comprometimento dos pais é essencial para que a criança tenha boa visão. É necessário estimular o desenvolvimento da visão e ter acompanhamento com um oftalmologista a cada 3 meses após a cirurgia.


Lesão na córnea

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"O sarampo contraído antes de tomar a primeira dose da vacina pode causar lesões na córnea e em alguns casos requer transplante para garantir a recuperação da visão", alerta. A dica do médico para evitar sequelas mais graves nos bebês é manter atenção sobre os sintomas típicos do sarampo: manchas brancas na mucosa da boca, febre, tosse, coriza, febre alta e manchas vermelhas no rosto, atrás da orelha e depois no tronco. Bebês com estes sintomas devem ter acompanhamento de um oftalmologista, salienta.


Prevenção entre gestantes

O único remédio para sarampo é a vacina. As dicas do oftalmologista para gestantes se protegerem da doença durante a gravides são: lavar as mãos com frequência com água e sabão, ou então utilizar álcool em gel; não compartilhar copos, talheres e alimentos; procurar não levar as mãos à boca ou aos olhos; sempre que possível evitar aglomerações ou locais pouco arejados; manter os ambientes frequentados, sempre limpos e ventilados; evitar contato próximo com pessoas doentes e proteger a boca e o nariz quando espirrar ou tossir.


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