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Aneurisma da aorta abdominal mata cerca de 6,5 mil por ano no Brasil

Redação Bonde com assessoria de imprensa
25 mar 2014 às 17:16

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- Divulgação
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Segundo o Ministério da Saúde, 6,5 mil pessoas morrem de aneurisma da aorta abdominal (AAA) no Brasil anualmente. Nos Estados Unidos, a doença é a terceira causa de morte súbita em homens acima de 60 anos.

O problema ocorre quando a artéria aorta (um grande vaso sanguíneo que fornece sangue ao abdome, à pélvis e às pernas) dilata ou fica com uma protuberância em sua parede. Com o tempo, a parte dilatada e danificada torna-se progressivamente mais enfraquecida, podendo romper com a pressão sanguínea, causando hemorragia interna, choque hemorrágico e morte.

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A causa exata que leva ao desenvolvimento do aneurisma é desconhecida, mas existem alguns fatores de risco que estão associados a ele como ser do sexo masculino, fumante ou ex-fumante, idade superior a 50 anos, pressão arterial alta, aterosclerose, histórico familiar, colesterol elevado entre outras situações.

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A doença geralmente não apresenta sintomas, pois se desenvolve lenta e silenciosamente durante os anos. "A maior parte das pessoas é diagnosticada durante exames de imagens de rotina, por outras razões", explica o cirurgião vascular Luiz Marcelo Aiello Viarengo. Em alguns casos, o paciente pode sentir uma massa pulsando em seu abdome. Quando o aneurisma da aorta não é identificado e tratado antes do rompimento, a mortalidade é muito elevada sendo que metade dos pacientes evoluem para o óbito no momento da ruptura e, entre os que conseguem chegar com vida ao hospital, metade falecem antes de serem submetidos ao tratamento cirúrgico.

Tratamentos

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Se o AAA for menor que cinco centímetros, dependendo da avaliação do médico assistente, do tipo de aneurisma, presença ou não de alguns sinais de complicação e dos fatores de riscos associados, pode ser recomendado um seguimento clínico com ultrassom abdominal anual ou semestralmente para verificar se o aneurisma não está aumentando. Se for maior do que 5,5 cm ou se estiver crescendo rapidamente, o paciente passará por uma cirurgia. Em 3 a 5% dos casos, a cirurgia pode incorrer em infarto do miocárdio, insuficiência renal, complicações pulmonares, acidente vascular cerebral, trombose de artérias de intestino ou dos membros inferiores e paraplegia.


Por isso, Viarengo recomenda uma rigorosa avaliação cardiológica antes do procedimento eletivo. "Não é raro quando há necessidade de uma angioplastia de coronária ou cirurgia cardíaca de revascularização de miocárdio antes de tratar o aneurisma", esclarece.


A cirurgia de tratamento para o aneurisma da aorta abdominal pode ser aberta ou endovascular. Com o método endovascular, faz-se uma pequena incisão na virilha e, através da artéria femoral ou ilíaca, é introduzida uma endoprótese por dentro da aorta para isolar o segmento dilatado. O procedimento é minimamente invasivo, mas não é isento de complicações. Se tudo transcorrer dentro do esperado, o paciente pode voltar para casa em pouco tempo, mas deve fazer tomografias periódicas, pois em alguns casos o aneurisma pode continuar crescendo, com risco de se romper.

No entanto, segundo o cirurgião, "nem todos os aneurismas apresentam condições técnicas necessárias para serem tratados dessa forma". Além dos aspectos relativos ao paciente e a técnica cirúrgica, o hospital ou pronto socorro precisa apresentar condições tecnológicas e materiais disponíveis imediatamente para a realização de cirurgias de alta complexidade, em caráter emergencial. Quem chega ao hospital com a aorta já rompida não pode aguardar e, caso não haja condição local para a realização da cirurgia endovascular, precisa passar pela cirurgia aberta. Nela, a aorta dilatada é trocada por um tubo sintético, que é integrado ao organismo. "Na cirurgia aberta eletiva, o paciente permanece na UTI por um ou dois dias e, se não houver contratempos, pode ter alta hospitalar 6 a 7 dias após a operação", completa o especialista.


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