Polêmica antiga entre os apaixonados por animais e as autoridades responsáveis pelo controle sanitário, a proibição que mantém os cães e gatos longe das areias da praia – e pode resultar em multa pra quem descumprir a lei – está apoiada no risco de acidentes, como mordidas, por exemplo, e na proliferação de doenças transmitidas pelas fezes dos animais.
"Como não é possível haver um controle sobre a vermifugação dos pets, e como nem todos proprietários recolhem as fezes dos animais, a legislação brasileira prefere restringir a circulação dos animais nesses espaços", explica o diretor clinico do hospital veterinário Pet Care, Marcelo Quinzani.
A disseminação da toxoplasmose é uma das principais preocupações em relação à presença dos gatos nas praias. Os bichanos podem ser infectados pelo parasita causador da doença – ao comer passarinhos e pequenos animais infectados ou carne crua contaminada – e transmiti-la aos humanos por meio da eliminação dos oocistos nas fezes em contato com o solo ou a água contaminada.
Crianças são mais vulneráveis
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"As crianças estão ainda mais vulneráveis porque, ao brincarem, acabam tendo um contato ainda maior com areia e eventualmente levam a mão contaminada à boca", lembra o veterinário.
Outro risco oferecido pelas areias é a proliferação do ‘bicho geográfico’, que é causada por um parasita que habita o intestino dos cães que não são vermifugados periodicamente. "A vermifugação do animal é extremamente importante para manter sua saúde e bem-estar e para que o animal não passe a oferecer riscos aos seus donos", lembra.
Vermifugação a cada 6 meses
A vermifugação do animal deve ser feita pelo menos a cada seis meses e sempre recolha a sujeira feita pelo seu pet. Medidas como usar preventivo para pulgas e carrapatos, atualizar a vacinação anual contra raiva, leptospirose, cinomose e parvovirose (Vacina V8 ou V10), manter o animal de coleiras repelentes de insetos e andar com animal preso na guia, podem garantir a tranquilidade e a convivência entre animais e humanos no verão.