A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai incentivar os planos de saúde a fornecer medicamentos para pacientes crônicos. A intenção da medida é garantir o tratamento para as doenças que mais atingem a população, como diabetes, asma brônquica e hipertensão, e evitar agravamentos provocados pela falta dos remédios ou pela interrupção da medicação. As operadoras poderão repassar os custos para as mensalidades.
Além de oferecer medicamentos, a agência quer criar mecanismo de acompanhamento do paciente depois de intercorrência ou internação. "É preciso fazer com que pessoa tome a medicação de maneira correta. É uma medida extremamente eficaz para diminuir complicações e para que tenham vida mais longa e com mais saúde", explica Martha Oliveira, gerente geral de Regulação Assistencial da ANS.
A ANS anunciou nesta quarta-feira a abertura de consulta pública a fim de receber propostas para o novo benefício. Por lei, a agência não pode obrigar os planos a oferecerem medicamento domiciliar. A intenção é incentivar a adoção da prática pelos planos de saúde - o que pode ser feito por incentivo financeiro e não financeiro. A proposta não foi detalhada pela ANS.
Leia mais:
Pimenta diz não ver necessidade por ora de afastamento de Lula da Presidência após cirurgia
Com 1.176 casos de dengue, regional de Londrina lidera registros de dengue no Paraná
Lula evoluiu bem à cirurgia, está estável e conversa normalmente, dizem médicos
'Presidente encontra-se bem', diz boletim médico após cirurgia de Lula
Os planos individuais teriam de oferecer ao menos medicamentos para seis doenças - diabetes, asma brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC, hipertensão, insuficiência coronariana e insuficiência cardíaca congestiva. Já para os planos coletivos vale a livre negociação.
Durante 30 dias, entre 4 de setembro a 3 de outubro, a agência recebe sugestões para a consulta pública. O site é www. ans.gov.br, em "Participação da Sociedade/Consulta Pública".
Planos
A Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa 15 grupos empresariais, responsáveis por 36,6% dos beneficiários, lembrou em nota que "o oferecimento e formatação desse produto é uma decisão estratégia e comercial de cada empresa".