Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Bactéria KPC

Anvisa torna obrigatório álcool em gel em hospitais

BBC Brasil
23 out 2010 às 12:15

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciada nesta sexta-feira (22) tornará obrigatória a instalação de dispensadores de álcool em gel em hospitais e clínicas, públicas ou privadas, em todos os quartos, ambulatórios e prontos-socorros, para evitar a transmissão de infecções.

Os hospitais terão 60 dias para se adaptar à medida, que ocorre em meio à preocupação com os casos de infecções causados pela bactéria KPC dentro de hospitais.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) está sendo chamada de "superbactéria" por sua resistência a antibióticos e tem afetado pacientes hospitalares - mais vulneráveis por sua saúde fragilizada e por, em muitos casos, estarem tomando antibióticos.

Leia mais:

Imagem de destaque
Recorde

Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes que se tratam com cannabis medicinal

Imagem de destaque
Doença crônica

Deborah Blando revela que tem fibromialgia há 36 anos

Imagem de destaque
Letalidade de até 80%

Estudo aponta alta letalidade de cânceres relacionados ao tabaco

Imagem de destaque
Entenda

Anvisa estabelece novas regras para manipulação de implantes hormonais


"O (álcool em gel) facilita o hábito de higienização, porque é mais fácil de acessar. Mas as pessoas podem continuar a lavar as mãos com água e sabão", afirmou Dirceu Barbano, diretor da Anvisa, relata a Agência Brasil.

Publicidade


Especialistas reunidos pela Anvisa se reuniram durante todo o dia para discutir infecções por bactérias multirresistentes e a implementação de uma norma que obrigaria as farmácias a reter receitas de antibióticos no ato da compra dos remédios.


Médicos afirmam que a retenção deve ser aplicada, porque o excesso de uso de antibióticos é justamente o que está por trás do fortalecimento das bactérias.

Publicidade


"Mas quem vai fiscalizar? Na prática, é difícil que uma farmácia deixe de vender antibiótico para uma mãe", questiona o infectologista Luis Fernando Aranha, do hospital Albert Einstein, para quem os hospitais também devem ser mais cautelosos ao ministrar antibióticos.


Epidemia descartada

Publicidade


Mas a possibilidade de que a bactéria provoque surtos fora dos hospitais inexiste, na opinião de Aranha.


"O risco é zero. É uma doença que vai ficar nos hospitais", disse à BBC Brasil.

Publicidade


Isabela Rodrigues, enfermeira-coordenadora do Centro de Controle de Infecção do Hospital Universitário de Brasília, reforça que não há casos conhecidos de KPC nas ruas. "O contato com a flora saudável das pessoas (fora de hospitais) costuma fazer com que a bactéria seja eliminada."


Ela orienta às pessoas que visitem pacientes em hospitais que tomem cuidado com a higiene das mãos.

Publicidade


Há confirmações de infecções da KPC em hospitais de Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais e Paraíba, segundo levantamento da Agência Brasil.


No Distrito Federal, o problema já é classificado de surto pela Anvisa. Levantamento de quinta-feira da Secretaria da Saúde local, também citado pela Agência Brasil, apontou no DF 183 casos de contaminação em 17 hospitais, além de 18 mortes.

Publicidade


Ásia e Europa



O caso brasileiro não é isolado. Em agosto, estudo publicado na revista científica Lancet advertiu que um novo tipo de bactéria resistente aos antibióticos mais poderosos poderia gerar uma epidemia mundial.


Essas bactérias contêm um gene chamado NDM-1, que as torna resistentes aos medicamentos, entre eles os chamados de carbapenemas. Isso é preocupante porque os carbapenemas são geralmente usados para combater infecções graves, causadas por outras bactérias resistentes.


As bactérias com NDM-1 causaram infecções na Índia, no Paquistão e em pacientes dos EUA e da Grã-Bretanha que haviam feito viagens a esses países para realizar tratamentos médicos.


Para Aranha, do Einstein, o caso do NDM-1 é uma "variante do mesmo problema" enfrentado no Brasil com a KPC e deve se repetir em distintos lugares. "É um problema mundial, e sempre vai ter uma (superbactéria que vai ser) a bola da vez."

Lapsos na higiene cometidos pelos próprios funcionários de hospitais ajudam na proliferação. "Costumamos identificar (casos de) má-prática no controle de infecções e (no cumprimento de) normas de higienização", relatou Isabela Rodirgues.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo