Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Entenda!

Apagão de dados prejudica medir exatamente quanto a Covid-19 acelerou em São Paulo

Folhapress
26 nov 2020 às 10:38
- Reprodução/Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Por diferentes fontes, é possível depreender que a Covid-19 está acelerando mais uma vez no estado de São Paulo, especialmente na Grande São Paulo, assim como em outras regiões do país. É difícil, porém, mensurar de quanto é o crescimento, devido a um sério problema na base de dados do Ministério da Saúde.


Entre a primeira e a segunda semana deste mês, houve apagão no sistema que mostra a situação de casos e de mortes. A pasta informou que uma das possibilidades para a queda no sistema foi um ataque hacker.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Por isso, por ao menos cinco dias boa parte dos novos casos e de novas mortes não foi computada. Esses são dois dos principais indicadores para se avaliar a extensão da pandemia.

Leia mais:

Imagem de destaque
Aedes avança pelo PR

Saúde confirma oito mortes por dengue em Londrina e Rolândia; confira dados do boletim

Imagem de destaque
Saiba mais

Tande, campeão olímpico de vôlei, sofre infarto

Imagem de destaque
Saiba mais

Confira quais são os direitos do consumidor na venda da operadora de plano de saúde

Imagem de destaque
Veja os sintomas

Transmitida por mosquito, febre oropouche tem alta no Brasil


Devido ao problema técnico, o estado de São Paulo chegou a registrar nenhuma nova morte ou novo caso por cinco dias, sendo que a média no fim de outubro ficava na casa dos 5.000 novos casos diários e mais de 100 mortes.

Publicidade


Quando o sistema voltou, os dados que não haviam sido inseridos passaram e entrar junto com os atuais, o que inflou a contabilização.Assim, de zero novos casos diários, o estado de São Paulo saltou para 21 mil no dia 10 de novembro (o maior da série histórica).


A instabilidade nos dados prejudica diversas formas de monitoramento da doença no país, pois leva a uma aceleração que, na verdade, está influenciada por dados antigos (e, no período anterior, houve queda irreal).

Publicidade


Por exemplo, o monitor de aceleração da Covid, do jornal Folha de S. Paulo, considera acumulado de 30 dias de casos confirmados para classificar o estágio da pandemia, dando mais peso para os dias mais recentes.


No começo deste mês, devido ao apagão de dados, não havia nenhum estado no estágio acelerado e 21 estavam no desacelerado. Nesta quarta (25), devido à inserção dos dados antigos, eram 6 estados acelerados e 9 desacelerados.

Publicidade


Problema semelhante enfrentam outras formas de monitoramento, como a média móvel adotada por diferentes veículos de comunicação e o cálculo do Rt (taxa de transmissão), que estima para quantas pessoas um infectado está transmitindo a doença.


A base do Rt é o número de novos casos. No cálculo feito pelo Imperial College, por exemplo, a taxa no Brasil caiu para 0,68 (a menor desde abril) no início de novembro. Duas semanas depois, saltou para 1,30, o maior número desde maio (esse dado significa que 100 infectados estão passando a doença para 130 pessoas, segundo essa estimativa).


Não é possível saber o que é aceleração real do coronavírus no Brasil e o que é efeito do problema com a contabilização de novos casos e mortes.

Por outras métricas, é possível verificar que a situação parece mesmo estar piorando. Dados da Secretaria de Saúde de São Paulo mostram que houve aumento de 30% de internações em UTIs na Grande São Paulo, devido à Covid, em relação a duas semanas atrás. O tamanho dessa expansão, porém, será conhecida apenas daqui a alguns preciosos dias.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade