Do início da campanha, dia 8 de agosto, até o momento desta publicação, dia 12 de setembro, foram aplicadas 9.722 doses da vacina contra paralisia infantil em Londrina. Elas representam apenas 35,02% da cobertura vacinal.
A intenção é vacinar, pelo menos, 95% do público-alvo, em Londrina estimado em 30 mil crianças de 1 a 4 anos. A campanha prossegue até o dia 30 de setembro, prorrogada pelo Ministério da Saúde.
Com objetivo de aumentar a cobertura vacinal contra a paralisia infantil, também chamada de poliomielite ou pólio, a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) de Londrina prossegue vacinando crianças de 1 a 4 anos, público-alvo da campanha de imunização, nas unidades escolares municipais e também particulares que possuem crianças com esta faixa etária.
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A iniciativa também foi realizada na última semana, na quinta (7) e sexta-feira (8), ocasião em que foram vacinadas 1.227 crianças. A dose da vacina administrada para as crianças nas escolas só é dada mediante autorização dos pais ou responsáveis.
A SMS também realizou ações de vacinação descentralizadas em três shoppings da cidade (Catuaí, Boulevard e Londrina Norte), na quarta-feira (7), feriado da Independência, e no último sábado (10), onde foram administradas, nos dois dias, 991 doses da Vacina Oral Poliomielite (VOP), de gotinha. Por meio das ações nos shoppings e escolas, 2.218 crianças foram vacinadas contra a paralisia infantil.
O secretário de Saúde, Felippe Machado, disse que as ações realizadas fora das dependências da SMS foram positivas, por isso a vacinação prosseguirá nas unidades escolares, inclusive as privadas. “A prefeitura tem se esforçado bastante para conseguir atingir o objetivo de vacinar 95% do público-alvo, por isso nossas equipes continuarão visitando escolas e creches que têm crianças de 1 a 4 anos, para que possamos vacinar o maior número de crianças possíveis, a fim de preveni-las da paralisia infantil, uma doença tão grave”, apontou.
Também é possível se vacinar contra a paralisia infantil em todas as UBS's (Unidades Básicas de Saúde de Londrina), as quais atendem de segunda a sexta-feira das 7h às 19h. Para receber a dose, basta se dirigir até a UBS mais próxima e não é mais necessário agendar. Clique aqui para consultar a lista completa com os endereços e telefones de contato das UBSs. No ato da vacinação, a criança e o adolescente devem portar um documento pessoal com foto ou certidão de nascimento, além da carteira de vacina.
A campanha nacional de multivacinação também foi prorrogada até ao dia 30. Seu objetivo é atualizar a carteira de vacinação de crianças e adolescentes de zero a 14 anos, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. As doses também são disponibilizas nas UBS, sem precisar agendar.
As vacinas disponíveis na campanha são: Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba), Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano).
Para os adolescentes, estão disponíveis as vacinas HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B e Meningocócica ACWY (conjugada). As vacinas têm indicação específica para cada idade, assim como para quem não tem o esquema completo, integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e estão registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
NO BRASIL
Segundo a Agência Brasil, até a última terça-feira (6), o Ministério da Saúde computava que, durante a campanha, apenas 35% das crianças na faixa etária entre 1 e 5 anos de idade haviam sido imunizadas contra a poliomielite no país. A meta da campanha é alcançar uma cobertura igual ou maior que 95% neste público.
A poliomielite, que causa paralisia infantil e pode ser fatal, chegou a ser uma das doenças mais temidas no mundo. Mas, com a vacinação, o Brasil deixou de apresentar casos da doença desde 1989, tendo recebido, em 1994, um certificado de eliminação da doença. No entanto, com a baixa cobertura vacinal e problemas relacionados à vigilância epidemiológica e condições sociais, o Brasil voltou a figurar como um país de grande potencial para a volta da doença.
A baixa cobertura vacinal observada no Brasil contra a doença nos últimos anos tem preocupado especialistas, que alertam que esse cenário pode provocar a reintrodução do vírus. “Nós temos um risco de reintrodução do vírus com esse cenário de baixa cobertura vacinal”, falou Caroline Gava, assessorado Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Programa Nacional de Imunizações.