Mais uma técnica vem contribuir para o conceito de parto humanizado no Hospital Evangélico. O hospital, que já aplica duas técnicas de relaxamento do bebê após o parto, agora conta com mais uma: o banho no balde. A primeira criança a receber os benefícios do banho foi Maria Eduarda, nascida com 29 semanas. Prematura, ela apresentava quadro de dependência de oxigênio e, com 40 de vida, recebeu sexta-feira seu primeiro banho no balde.
Segundo Aline Felipe Longo, fisioterapeuta que acompanha a implantação da técnica no HE, esse tipo de banho promove melhor funcionamento dos músculos respiratórios, proporcionando uma respiração mais adequada e diminuindo a necessidade de oferta de oxigênio ao bebê.
A aplicação da técnica é simples: exige apenas um balde de inox e um termômetro para medir a temperatura da água, que deve estar próxima aos 37ºC. Depois, dentro do balde, o bebê recebe cuidados da fisioterapeuta através de técnicas de relaxamento e alongamento dos músculos da respiração. ''O tempo de recuperação com a terapia aquática é bem menor'', afirma Aline, acrescentando que o bebê pode receber quantos banhos no balde forem necessários até que ele não dependa mais do oxigênio.
Leia mais:
Famílias que ganham até R$ 1.200 por mês usam 82% dos recursos aplicados no SUS
Novo plano para combater câncer de colo do útero tem foco em rastreio e vacina
Brasil registra mais de 11 mil partos resultantes de violência sexual, diz pesquisa
Sesa reforça gratuidade dos serviços ofertados pelo SUS
Após esse banho, Maria Eduarda, que para respirar precisava do auxílio do cpap - equipamento que promove uma pressão que melhora a oxigenação nos pulmões - teve o aparelho substituído pelo cateter.
Não é a primeira vez que a técnica é aplicada na cidade. Ano passado, o Hospital Universitário já oferecia o benefício a recém-nascidos das unidades neonatal e pediátrica.
Segundo a supervisora de enfermagem do Hospital Evangélico, Neusa Queiroz Aquilar, no momento, as equipes médica e de enfermagem avaliam os critérios para indicação da técnica a outros bebês. No entanto, já se sabe que para recém-nascidos muito dependentes de oxigênio a técnica obtém sucesso. ''Queremos envolver todos os bebês neste estado clínico para ter esse benefício.''