Depois uma campanha foi divulgada, várias pessoas acompanham o caso da bebê Sofia Gonçalves de Lacerda, de seis meses, que sofre com a Síndrome de Berdon. Após vários exames, a menina vai precisar fazer o transplante de seis órgãos do sistema digestório. De acordo com o médico brasileiro Rodrigo Vianna, que fará o procedimento, trata-se da maior cirurgia possível de ser feita em um ser humano, mas apesar disso, o especialista está otimista.
O doutor, que é diretor de transplantes do Jackson Memorial Hospital, referência mundial nesse tipo de transplante, afirma que todos os órgãos do sistema digestório de Sofia serão trocados. Havia a expectativa anterior de que apenas três deles fossem transplantados.
O especialista que já atuou em mais de 250 procedimentos do tipo, diz que o transplante multivisceral é a maior cirurgia que se pode fazer em um ser humano. "No caso da Sofia, será necessário transplantar estômago, duodeno, pâncreas, intestino delgado e possivelmente intestino grosso, além do fígado".
Leia mais:
Saiba quais doenças dão direito à isenção do Imposto de Renda
Centro de Doenças Infecciosas amplia atendimento para testes rápidos de HIV em Londrina
Saúde investiga circulação do vírus causador da Febre do Nilo no norte do Paraná
95% das pessoas diagnosticadas com HIV no Brasil não transmitem a doença
Devido à grandeza do procedimento, pouquíssimos hospitais no mundo dominam a técnica, pois é um procedimento extremamente caro e requer grande estrutura.
Exames
Sofia chegou aos Estados Unidos na quarta-feira (2). Logo que chegou no país, passou por uma bateria de exames. Segundo Vianna, ainda não é possível fazer uma análise dos resultados. Ele afirmou que não sabe se os exames estão dentro do esperado, pois são avaliações bastante complexas.
O brasileiro ainda conta que não há previsão sobre quando o procedimento será realizado, já que é necessário esperar por um doador compatível com Sofia. A expectativa é que a família fique por pelo menos dois anos nos Estados Unidos.
O caso
A menina nasceu com uma doença chamada Síndrome de Berdon, que provoca problemas no intestino, na bexiga e no estômago. Devido as complicações, ela não pode ingerir alimentos e nem mesmo saliva, além de não utilizar o sistema excretor. Por conta disso, a alimentação é feita de forma intravenosa.
Desde que nasceu, ela já passou por três cirurgias para amenizar o problema, mas a cura só é possível com o procedimento realizado nos Estados Unidos. A única chance de sobrevivência é com o transplante.
O procedimento, que será feito no Jackson Memorial Medical de Miami, custa R$ 2,4 milhões. Após ser obrigada pela Justiça, a União irá pagar o tratamento e qualquer gasto extra que surgir. O dinheiro já foi depositado na conta do hospital. (Com informações UOL)