Um estudo conduzido por pesquisadores de uma universidade dos Estados Unidos mostrou que o consumo de bebidas açucaradas, como refrigerantes, pode estar vinculado a mais de 184 mil mortes por ano em todo o mundo.
Ao longo de três décadas, os cientistas reuniram dados a respeito do consumo de bebidas com grande teor de açúcar entre mais de 600 mil pessoas espalhadas por 51 países. Os resultados do estudo, publicado na revista Circulation, da Associação Americana do Coração, mostram que o consumo dessas bebidas está entre os principais fatores de risco para quadros como diabetes, obesidade, câncer e doenças cardiovasculares.
Os pesquisadores também descobriram que jovens adultos estão mais propensos a desenvolverem doenças crônicas em decorrência do consumo de bebidas açucaradas do que adultos mais velhos. De acordo com o estudo, os problemas acarretados pelo consumo dessas bebidas, que incluem refrigerantes, isotônicos (bastante consumidos por atletas), chás gelados e as famosas caipirinhas, podem impactar até mesmo na economia dos países, uma vez que grande parte da força de trabalho é formada principalmente por adultos mais jovens.
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Ainda segundo a publicação, se o cenário permanecer o mesmo, o número de mortes provocadas por doenças cardiovasculares e diabetes pode aumentar significativamente nas próximas décadas. Atualmente, estima-se que, das 184 mil mortes causadas pelo consumo dessas bebidas todos os anos, 133 mil ocorram em decorrência de problemas vinculados ao diabetes. Outras 45 mil estariam relacionadas a doenças cardiovasculares e 6.450 ao câncer.
Dos 20 países com mais mortes provocadas pelo consumo de bebidas com grande teor de açúcar, oito estão na América Latina ou no Caribe. No primeiro lugar do ranking está o México, com 405 falecimentos para cada um milhão de habitantes, e em segundo vem os Estados Unidos, com 125 mortes. De acordo com o professor Gitanjali Singh, um dos autores, o estudo revela que a redução do consumo de bebidas açucaradas, principalmente refrigerantes, deveria ser uma prioridade mundial.
(com informações do site Minha Vida)