Com 1.840 mortes em um único dia, o Brasil bateu o recorde mais uma vez. Além disso, pelo quinto dia consecutivo, o país tem recorde na média móvel de mortes, 1.332.
O país já está há 42 dias seguidos com média móvel acima de 1.000.
O recorde de mortes anterior ocorreu na última terça-feira (2): 1.726 óbitos, no maior salto da pandemia.
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Além do elevado número de óbitos, também foram registrados 74.376 casos de Covid-19, segundo maior valor da pandemia.
O recorde pertence ao dia 8 de janeiro, com 84.977 infecções, mas ocorreu devido a uma revisão de dados do Paraná.
O total de mortes chegou a 259.402 e o de casos a 10.722.221, desde o início da pandemia.
O Brasil enfrenta o pior momento da pandemia, com situações críticas em todas as regiões do país. Dez capitais do país apresentavam UTIs com mais de 90% de ocupação na terça.
A Fiocruz publicou uma nota técnica na qual alertava sobre o grave e inédito momento do país na pandemia. "Pela primeira vez desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos e de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de Srag [Síndrome Respiratória Aguda Grave], a alta positividade de testes e a sobrecarga dos hospitais".
Em meio à expansão da Covid no país, os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz afirmam que há necessidade de medidas mais rigorosas para restringir atividades não-essenciais e a circulação de pessoas, em busca de interromper a transmissão descontrolada do Sars-CoV-2, de acordo com a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região.
Segundo o boletim, "os dados são muito preocupantes, mas cabe sublinhar que são somente a 'ponta do iceberg'".
O consórcio de imprensa também atualizou informações repassadas sobre a vacinação contra a Covid-19 por 20 estados e o Distrito Federal. O processo de imunização no país avança lentamente ao mesmo tempo em que a pandemia piora.
Foram aplicadas no total 9.655.115 doses de vacina (7.351.265 da primeira dose e 2.303.850 da segunda dose), de acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde.
As vacinas disponíveis no Brasil são a Coronavac, do Butantan e da farmacêutica Sinovac, e a Covishield, imunizante da Fiocruz desenvolvido pela parceria entre a Universidade de Oxford e a AstraZeneca.
O consórcio de veículos de imprensa foi criado em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes.