O aumento do uso do medicamento ritalina entre crianças e adolescentes nos últimos anos rendeu ao Brasil o título de segundo maior consumidor mundial da droga, segundo pesquisas da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
O remédio é comumente receitado por médicos e profissionais de saúde para jovens que não se comportam de maneira socialmente adequada, com desempenho escolar abaixo da média e desenvolvimento fora dos padrões da idade. São diagnosticados em geral com transtorno de hiperatividade. Entre 2000 e 2008, houve aumento de 1,65% na venda de metilfenidato, o principio da Ritalina, no país. Há, entretanto, pesquisas que indicam correlação direta entre o uso contínuo do medicamento em crianças e adolescentes à dependência química.
A questão será discutida nesta quarta-feira em encontro "A Medicalização em Crianças e Adolescentes e o Uso de Drogas", organizado pela coordenação de Políticas sobre Drogas (Coed), da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo. O evento, que contará com a presença da pedagoga Cecília Azevedo Lima Collares e da pediatra Maria Aparecida Moysés, ambas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), visa alertar educadores e interessados no tema que a medicalização de crianças e adolescentes é um problema social.
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O encontro ocorrerá às 13h, no Auditório Espaço da Cidadania André Franco Montoro, na sede da secretaria (Auditório Espaço da Cidadania André Franco Montoro - Pátio do Colégio, 184, térreo, centro da capital).