O Brasil registrou 818 mortes pela Covid-19 e 32.402 casos da doença neste sábado (14). Com isso, o país chegou a 165.673 óbitos e a 5.848.101 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 484, o que representa um cenário de estabilidade em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média e estabilidade. A média, porém, também foi afetada pelo recente apagão de dados de alguns estados.
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Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Após dias de falhas técnicas motivadas por um ataque cibernético recente -que atrasaram a liberação de dados durante a semana- o estado de São Paulo registrou 4.640 novos casos desde a sexta-feira (13) e 257 novas mortes desde a quinta (12). O estado acumula 40.549 mil mortes e 1.167.422 casos desde o início da pandemia.
O Brasil tem uma taxa de 78,6 mortes por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortes (245.040), e o Reino Unido (51.858), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 74,7 e 77,3 mortes para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil também já ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (73,1).
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortes e já contabiliza 97.624 óbitos, tem 77,4 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortes por 100 mil habitantes do Peru: 109,6. O país tem 35.067 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 128.668 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 9,5 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 78,8 mortes por 100 mil habitantes (35.045 óbitos).
Já o balanço mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde, na sexta-feira (13), aponta 29.070 novos casos confirmados de Covid-19 nas 24h anteriores, com 456 novas mortes no período.
O balanço traz dados desatualizados com relação a óbitos de São Paulo e de casos e mortes do Paraná, segundo nota explicativa.
Com os novos dados, o balanço federal já registra 5.810.652 casos confirmados da doença desde fevereiro, com 164.737 mortes. A pasta registra 2.388 mortes em investigação.
O Ministério da Saúde informou que os sistemas já foram restabelecidos mas ainda pode haver intermitências porque equipes de tecnologia continuam trabalhando nos dispositivos de segurança. A situação deve ser normalizada a partir de segunda-feira (16), segundo o ministério.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.