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Experiências

Campanha defende cobaia em pesquisas

Agência Estado
30 jun 2010 às 17:08

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Começa hoje campanha do Ministério da Ciência e Tecnologia sobre a importância do uso de animais em experimentos científicos. A proposta do governo federal é que a população saiba que eles são imprescindíveis para as pesquisas de medicamentos e vacinas. A propaganda,que será veiculada na televisão, rádio e mídia impressa, garante que os bichos são tratados com ética e respeito. Entidades de proteção animal afirmam que a divulgação só mostra um lado da questão e que esses animais são submetidos a torturas e sofrimentos.

"Nós dependemos das pesquisas com animais. Se não fosse assim, a população teria que correr o risco de não ter testes para vacinas e remédios", afirmou o médico coordenador da campanha, Marcelo Marcos Morales, do Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (Concea), e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Segundo ele, 95% dos animais usados nos experimentos são roedores como ratos e camundongos. "Existe uma lei que regulamenta o uso desses animais e eles são tratados com todos os princípios éticos. É isso que queremos esclarecer." Valderez Valero Lapchick, presidente da Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de Laboratório (SBCAL), explicou que métodos alternativos ao uso de animais estão se desenvolvendo. "Entretanto, os animais permanecem até o momento como única possibilidade."

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A veterinária Rosângela Ribeiro, gerente de Programas Veterinários da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), explicou que não existe tecnologia suficiente para substituir os animais nas pesquisas. "Mas não podemos fugir do anseio para que o País busque essas alternativas, porque esses animais são submetidos sim a sofrimentos. Muitos dos experimentos são repetições que ocorrem há anos. É preciso pensar sobre isso."

Angela Caruso, presidente do Quintal de São Francisco e integrante do Fórum de Proteção Animal, ressaltou que a campanha faz um agradecimento aos animais por eles proporcionarem a possibilidade de cura. "Isso não basta. É preciso que a sociedade se solidarize com eles para que sejam tratados com ética e respeito, o que não acontece." Grupos de proteção começaram mobilização para se posicionar em relação a campanha, que terá duração de um ano e custou R$ 80 mil.


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