O Brasil pode registrar 704 mil casos novos de câncer por ano no triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram aproximadamente 70% da incidência da doença. A previsão é do Inca (Instituto Nacional de Câncer). Na segunda-feira (27), é o Dia Nacional de Combate ao Câncer
“A estimativa é a principal ferramenta de planejamento e gestão na área oncológica no Brasil, fornecendo informações fundamentais para a definição de políticas públicas”, pontuou o Inca, ao se referir à publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil. O material conta com estimativas para a ocorrência dos 21 tipos de câncer mais incidentes no país.
O levantamento aponta que o tumor maligno que mais é registrado no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
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Em homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões, com total de 72 mil casos novos estimados a cada ano no triênio fixado – atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Nas regiões de maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), os tumores malignos de cólon e reto estão na segunda ou terceira posição, sendo que, nas de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente entre a população masculina.
Já entre as mulheres, o câncer de mama é o segundo mais incidente (atrás somente do câncer de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025. Nas regiões mais desenvolvidas, em seguida, vem o câncer colorretal, mas, nas de menor IDH, o câncer do colo do útero ocupa a terceira posição.
Entenda
Segundo o Ministério da Saúde, câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, o que determina a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.
A doença surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para suas atividades. Quando os casos iniciam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas.
O câncer não tem uma causa única. Há, conforme a pasta, diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas), sendo que entre 80% e 90% dos casos estão associados a causas externas. Mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, hábitos e estilo de vida podem aumentar o risco.