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Carne ameaça fertilidade masculina

Redação Bonde
03 out 2011 às 15:50

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- Divulgação
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Dietas ricas em carne vermelha (bovina e suína) devem ser evitadas por homens que pensam em ter filhos - principalmente os que precisam recorrer a técnicas artificiais de reprodução. Um estudo brasileiro publicado recentemente na revista científica Fertility and Sterility apontou o consumo excessivo do alimento como o mais novo vilão da infertilidade masculina. Para especialistas ouvidos pelo Jornal da Tarde, a ingestão de 68 gramas a cada 1 mil calorias diárias (o equivalente a um bife por dia) já seria o bastante para caracterizar o perigo.

"O excesso pode influenciar na qualidade do sêmen e prejudicar a motilidade (capacidade de movimentação) e a taxa de implantação (capacidade do esperma gerar um bom embrião)", diz o especialista em reprodução humana Edson Borges, coordenador da pesquisa conduzida pelo Instituto Sapientiae, vinculado à Faculdade de Medicina de Jundiaí.

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Foram entrevistados 250 homens submetidos a fertilização assistida. O hábito de consumo excessivo de carne vermelha foi confirmado por todos - o que levou os pesquisadores a relacioná-lo com a infertilidade.

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Segundo Marcello Cocuzza, médico-assistente do Centro de Reprodução Humana da Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas (HC), as alterações no sêmen ocorrem por conta do aumento do estresse oxidativo no organismo - uma espécie de desequilíbrio entre a produção de radicais livres (moléculas liberadas pelas células durante a absorção dos alimentos) e os antioxidantes (moléculas que ‘combatem’ os efeitos negativos dos radicais livres, como alterações celulares, envelhecimento e algumas doenças, entre elas osteoporose e câncer). "A carne vermelha em excesso funciona como gatilho para desencadear o processo de estresse no organismo", diz Cocuzza.


Nada que preocupe o gerente de churrascaria Odair Romansin, de 32 anos. Gaúcho de Constantina, ele afirma que consome carne vermelha todos os dias - numa dieta que supera os 300 gramas semanais indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "(Como) pelo menos um bife por dia. Se carne vermelha fizesse mal, os gaúchos seriam estéreis", ironiza o pai de André Luiz, de um ano e sete meses. "Tenho certeza que carne faz bem. Tanto que o meu filho já gosta de comê-la sangrando, bem mal passada."

Além de provocar estresse oxidativo, o excesso de carne vermelha também pode aumentar a ingestão de substâncias nocivas à saúde. "Ingerimos xenoestrogênios e esteroides anabolizantes, substâncias tóxicas sintéticas utilizadas na ração para engordar o gado confinado. Ambas são capazes de interferir na fertilidade masculina", diz o pesquisador Borges (com o Jornal da Tarde).


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