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Mulheres mais velhas

Cientistas criam técnica para ‘rejuvenescer’ óvulos

BBC Brasil
13 nov 2009 às 09:23

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- BBC Brasil/Reprodução
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Cientistas japoneses desenvolveram uma técnica para rejuvenescer óvulos de mulheres mais velhas usando materiais de óvulos de mulheres mais jovens, produzindo bebês com duas mães e um pai biológicos.

A equipe do pesquisador Atsushi Tanaka conseguiu criar óvulos viáveis injetando o núcleo de um óvulo saudável em um óvulo cujo núcleo havia sido retirado.

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Segundo os resultados da pesquisa apresentados em um encontro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva no mês passado, em Atlanta, e relatados na última edição da revista New Scientist, a técnica deve aumentar as chances de sucesso de tratamentos para fertilização in vitro em mulheres mais velhas.

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Os cientistas do St. Mother Hospital, de Kitakyushu, retiraram os núcleos de 31 óvulos de mulheres que passavam por tratamentos de fertilidade e os injetaram com os núcleos de óvulos doados por mulheres com menos de 35 anos.

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Dos 25 óvulos que se mostraram viáveis e foram injetados com esperma, 7 geraram embriões em estágio inicial, chamados blastocistos. A taxa de fertilização, de 28%, foi significativamente superior aos 3% conseguidos com óvulos que não haviam passado pela técnica de troca de núcleo.


Tanaka disse que o próximo passo da pesquisa será transferir esses blastocistos para o útero. "Se conseguirmos transferir esses novos embriões, acredito que a chance de sucesso (em produzir uma gravidez) seria alta", disse o cientista.

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Doenças genéticas


A técnica de troca de material do óvulo já havia sido tentada anteriormente em pesquisas que visavam evitar doenças genéticas raras.

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Em 2001, uma pesquisa gerou polêmica ao tentar injetar citoplasma (conteúdo da célula à parte do núcleo) de óvulos de mulheres mais jovens em óvulos de mulheres mais velhas.


As principais objeções à técnica se referiam ao potencial para a geração de embriões com material genético de três pessoas diferentes, criados a partir de óvulos de duas mulheres, e à possibilidade de que crianças geradas com óvulos contendo mitocôndrias de mais de uma mulher pudessem desenvolver doenças relacionadas a falhas nessa organela celular.

Tanaka argumenta que sua técnica reduziria esse risco, já que o citoplasma, onde está a mitocôndria, viria de apenas uma mulher. Ele afirma ainda que 98% do DNA da célula está no núcleo, o que poderia aplacar os questionamentos morais sobre a técnica.


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