As pessoas associam o cigarro à doenças relacionadas aos pulmões. Mas os prejuízos causados pelo cigarro vão alem das doenças pulmonares. "Fumar afeta a circulação sanguínea de forma crônica e aguda, sendo uma das principais causas de problemas cardiovasculares, uma vez que a nicotina presente no tabaco diminui a quantidade de oxigênio que chega até ao coração", afirma Luiz Augusto Riani, médico do esporte do Laboratório Frischmann Aisengart.
O cigarro causa vasoconstrição, aumenta a pressão arterial, a frequência cardíaca e coagulação do sangue. As artérias ficam mais enrijecidas, uma vez que as substâncias existentes no cigarro mudam sua constituição ao penetrá-las e danificá-las. "Este processo faz com que o fumante não consiga evoluir em seu treinamento, cansando-se muito mais rápido do que uma pessoa não fumante".
Além disso, o cigarro aumenta potencialmente o risco de arritmias cardíacas e enfartes depois da prática de exercícios, independentemente da faixa etária. No caso de fumantes mais velhos, há ainda um risco aumentado de doenças cardíacas por conta da obstrução das artérias coronárias.
Leia mais:
Droga injetável contra HIV é eleita descoberta de 2024 pela revista Science
Estudo sugere que consumo de chocolate amargo está ligado à redução no risco de diabetes tipo 2
Lula tem alta da UTI e passa a ter cuidados semi-intensivos no hospital
Hemepar faz alerta para doação de sangue antes das festas de fim de ano
"Fumar é como jogar areia em um sistema de engrenagem delicado. Com o tempo, o processo fica complicado até que em um determinado momento, ele para de funcionar", explica Riani. Além disso, o risco de enfarte, AVCs e de doenças arteriais periféricas é cinco vezes maior nas mulheres fumantes que tomam pílulas contraceptivas.
(Com informações Assessoria de comunicação)