Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que pessoas que têm cintura larga têm uma chance maior de morte prematura, independentemente do IMC (índice de massa corporal, que mede a relação entre peso e altura).
A pesquisa da American Cancer Society sugere que cinturas maiores do que 110 centímetros nas mulheres e 120 centímetros nos homens dobram o risco de mortalidade em relação aos homens com cinturas menores do que 90 centímetros e mulheres com cinturas menores do que 75 centímetros.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 100 mil homens e mulheres com mais de 50 anos ao longo de nove anos.
Leia mais:
Usina nuclear de Angra 2 testará produção de remédio contra câncer
Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes que se tratam com cannabis medicinal
Deborah Blando revela que tem fibromialgia há 36 anos
Estudo aponta alta letalidade de cânceres relacionados ao tabaco
O estudo também sugere que, entre as mulheres, a ligação entre cintura larga e maior risco de morte é maior entre aquelas com peso considerado normal.
Entretanto, os autores da pesquisa dizem mais estudos são necessárias para determinar a causa dessa relação entre cintura larga e mortalidade.
Causa de morte
O estudo, divulgado na publicação especializada Archives of Internal Medicine, analisou dados de 48.500 homens e de 56.343 mulheres, predominantemente brancos. No início do estudo, a idade média dos homens era de 69 anos, e das mulheres, 67.
Durante os nove anos do estudo, 9.315 homens e 5.332 mulheres morreram.
Os pesquisadores notaram que o risco de morte aumentava conforme o aumento da circunferência da cintura, independentemente de a pessoa ter peso normal, estar acima do peso normal ou de ser obesa.
A análise indicou um aumento significativo do risco entre os homens com cinturas maiores do que 110 centímetros ou em mulheres com cinturas a partir de 95 centímetros.
Mas apenas em homens e mulheres com cinturas muito largas (acima de 120 centímetros para homens e acima de 110 centímetros para mulheres) o risco de morte dobrou.
A causa mais comum de morte foi insuficiência respiratória, seguida de doenças cardiovasculares e depois câncer.
"Nossos resultados sugerem que, independentemente do peso, evitar o aumento na circunferência da cintura pode reduzir o risco de morte prematura", conclui o estudo.