Dois testes realizados na África mostraram que a circuncisão pode reduzir pela metade o risco de transmissão de HIV. O resultado dos estudos, que foram conduzidos pelos Institutos Nacionais da Saúde, ligados ao governo dos Estados Unidos, foram divulgados nesta quarta-feira (13).
Segundo a BBC Brasil, a circuncisão estava sendo oferecida a oito mil homens nos dois países, como parte de um levantamento sobre a relação entre a operação e a Aids.
As conclusões do estudo seriam divulgados no ano que vem, mas os primeiros resultados foram tão positivos que os pesquisadores consideraram que seria antiético não realizar circuncisões nos homens que estavam sendo usados como referência para comparar a eficência do procedimento, o chamado grupo de controle.
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Em 2004, uma pesquisa australiana já havia descoberto que o prepúcio – a pele ao redor do pênis que é removida na operação de circuncisão – contém células que são particularmente vulneráveis ao HIV.
Conferência - Os primeiros estudos sobre a relação entre circuncisão e HIV foram feitos nos anos 80.
Na África do Sul, uma amostragem clínica com três mil homens feita no ano passado já havia detectado que o risco de contaminação havia caído 60% após a operação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou à BBC que a descoberta é importante, mas enfatizou que o procedimento não deve nunca substituir o uso de camisinhas, que é considerado o meio mais seguro de prevenção contra a Aids.
No começo do próximo ano, a OMS deve promover uma conferência para discutir como transformar em políticas públicas as descobertas realizadas até agora.