Pacientes enfrentaram longa espera para serem atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim do Sol neste domingo (8). A moradora da Vila Nova Solange Francisco Manoel Pereira buscou atendimento na unidade às 13h, mas só foi atendida pelo médico por volta das 20h.
De acordo com ela, eram vários os casos de urgência que passaram pela triagem e não foram tratados como prioridade. "Eu já havia ido no posto na sexta-feira. Cheguei às 18 horas e saí às 23h, mas é compreensível, pois tive que fazer exames e esperar os resultados. Ontem estava com muita dor e fui procurar a UPA para tomar remédio. O atendente disse que me colocaria como caso prioritário, mas esperei por muito tempo e nada", disse.
Idosos, crianças e até grávidas estavam passando mal e aguardando no local há horas, ainda conforme ela. "Quando eu cheguei tinha uma mulher ainda esperando, que foi levada do HU às 5 horas da manhã. O lugar estava lotado. Vi pessoas desistindo e indo embora porque não aguentavam mais. Depois que cheguei em casa, por volta das 22 horas, liguei na ouvidoria para reclamar, mas ninguém atendeu", contou.
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Neste domingo, a UPA do Jardim do Sol funcionou com apenas três profissionais. A equipe completa atende com cinco, sendo que dois estavam de atestado médico. "Infelizmente, esse tipo situação é imprevisível. Na maioria das vezes, o médico avisa em cima da hora que não vai e o plantão fica desfalcado, comprometendo o atendimento", explica Felipe José Frade Pinheiro, responsável pela Diretoria de Urgência e Emergência em Saúde de Londrina.
A escala desta segunda-feira (8), segundo ele, também não está completa. "Estou com um médico de atestado hoje, ou seja, atenderemos com três clínicos e um ortopedista. É um direito do funcionário", conclui.
O diretor orienta a população a procurar outra unidade quando houver demora além do normal. "Temos o Pronto-Atendimento do Jardim Leonor, do Maria Cecília e do União da Vitória. Todos estão funcionando normalmente durante o Carnaval".
Uma portaria, que deve ser publicada nos próximos meses, pretende regulamentar a emissão de atestados na rede pública de saúde. A medida será tomada devido à suspeita do uso abusivo do documento para justificar faltas. "Tentaremos estabelecer alguns parâmetros mais precisos pois temos alto número de atestados. Pedi para fazer um levantamento comparativo em
relação ao número de servidores e a outras instituições para ter noção do que está acontecendo em Londrina", adiantou o secretário municipal de Saúde, Gilberto Martin.
O objetivo é estabelecer um prazo para que o médico apresente o atestado com antecedência,
a fim de que a escala seja refeita e haja substituição. "As regras não vão ferir os direitos do servidor e, ao mesmo tempo, garantir o atendimento ao usuário", finalizou.