Estudos realizados durante cinco anos com 514 operários que trabalhavam em fábricas na China mostraram resultados sobre a presença do Bifesnol-A ou BPA no organismo destas pessoas. Aqueles que continham concentrações de BPA mais elevadas na urina multiplicavam os riscos de produzir sêmen de má qualidade.
De acordo com De-Kun Li, autor do estudo, diferentemente dos homens que não tinham vestígios detectáveis de BPA na urina, aqueles que tinham conteúdos mais elevados multiplicavam por mais de três o risco de ter uma concentração diminuída de seu sêmen.
Pesquisas anteriores feitas em animais mostraram que o BPA tem efeitos nefastos sobre os órgãos reprodutores de camundongos machos e fêmeas. Este estudo já é o terceiro de Li sobre o assunto. Em um trabalho publicado em novembro de 2009 foi demonstrado que a exposição a níveis elevados de BPA aumenta o risco de disfunções sexuais.
O farmacêutico e tutor do Portal Educação, Ronaldo da Costa, explica que o Bisfenol-A (BPA) é utilizado na fabricação de artefatos de plásticos maleáveis, já conhecido por efeitos danosos ao sistema reprodutor, por ter molécula com semelhança estrutural a hormônio feminino.
"O problema é essa semelhança com o estrogênio, que em outros estudos já mostrou acelerar a puberdade em fêmeas, agora mostra efeito negativo sobre a maturação dos espermatozoides. Países como Canadá, Costa Rica e Dinamarca já reconheceram o produto como substância tóxica e vários outros tendem a efetuar o mesmo", diz o tutor (com Portal Educação).