Cinco meses após o rompimento do convênio do município com o Hospital Ortopédico, Comissão de Seguridade Social da Câmara realiza nesta sexta-feira (4), às 9h, uma reunião com gestores públicos de saúde para debater a falta de atendimento na cidade. Neste período, o chamamento público para substituir os serviços prestados por aquela unidade ainda não feito pelo Executivo municipal.
Outra providência que será cobrada é a realização de mutirão para atenuar a fila de cirurgias eletivas na especialidade. De acordo com dossiê sobre a crise, elaborado em agosto, existiam à época 2.227 pacientes aguardando a cirurgia, sendo 1.320 pacientes apenas no Hospital Universitário (HU). O mutirão pode ser feito por meio de programa federal que remunera 81% a mais do que os valores pagos normalmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para cirurgias ortopédicas. A ação é de responsabilidade do município de Londrina, que possui a gestão plena da saúde.
A Comissão do Legislativo, composta pelos vereadores Lenir de Assis (PT), Vilson Bitencourt (PSL) e Tio Douglas (PTB), se reuniu em agosto com o secretário estadual de saúde, Michele Caputo, para cobrar mais profissionais, recursos e estrutura para o HU, Hospital da Zona Norte (HZN) e Hospital da Zona Sul nos atendimentos de média e alta complexidade. O secretário se comprometeu em transformar o HZN em referência em traumatologia e ortopedia, com a contratação imediata de quatro médicos, aquisição de equipamentos para a unidade e capacitação de técnicos em gesso, uma demanda importante na especialidade. "Queremos saber quais os passos concretos foram dados nesta direção. O sofrimento das pessoas com problemas ortopédicos, alguns deles gravíssimos, não pode esperar", diz a vereadora Lenir de Assis.