Os cientistas do Centro Integral do Câncer na Universidade de Michigan identificaram um possível tratamento para um tipo agressivo de câncer de próstata, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira pela revista "Science Translational Medicine".
Um gene chamado SPINK1 poderia ser para o câncer de próstata o que o HER2 se tornou para o de mama, segundo os cientistas. Da mesma forma que o HER2, o SPINK1 se encontra somente em um pequeno subgrupo de cânceres de próstata, em cerca de 10% dos tumores.No entanto, o gene é o alvo ideal para um anticorpo monoclonal, do tipo Herceptin, que combate o HER2 e melhorou muito o tratamento deste tipo agressivo de câncer de mama.
Neste ano, 217,730 mil pessoas nos Estados Unidos serão diagnosticadas com câncer de próstata e 32,05 mil morrerão pela doença, segundo a Sociedade Americana do Câncer.
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Os pesquisadores descobriram, além disso, que o SPINK1 pode se atrair por um receptor EGFR. Os cientistas testaram um composto que bloqueia o EFGR, chamado cetuximab, e que já está aprovado pela agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, e perceberam que este também reduzia os efeitos cancerígenos do SPINK1.
Os tumores tratados com o anticorpo do SPINK1 diminuíram em 60%, ao mesmo tempo em que os tumores tratados com cetuximab se reduziram em 40%. Com a combinação de ambos os compostos os tumores encolheram 74% (com agência EFE).