Ser mãe já é uma dádiva, a maior emoção na vida de uma mulher. E a curitibana Ana Cecíclia Spautz viveu esta emoção em dose tripla: ela é mãe de trigêmeas idênticas, caso que acontece uma vez em cada 200 milhões. O caso ocorre quando, ao ser fecundado pelo espermatozóide, o óvulo divide-se em dois e em seguida há uma nova divisão.
A pequena Laura, que nasceu com 900 gramas, foi a última entre suas irmãs a deixar a UTI Neonatal do Hospital Nossa Senhora das Graças, no final da semana passada. Ana Clara, que nasceu com 1 quilo e 250 gramas, e Helena, com 945 gramas já haviam recebido alta anteriormente, nos dias 4 e 20 de junho respectivamente.
A gestação foi de 28 semanas e 5 dias (pouco mais de sete meses). As meninas nasceram de cesariana no dia 16 de abril. A primeira foi Ana Clara, às 19h31, Helena, às 19h33, e Laura, às 19h36. "Uma gestação de trigêmeos idênticos é considerada de alto risco e necessita de acompanhamento cuidadoso", explica o ginecologista obstetra do Hospital Nossa Senhora das Graças que fez o parto das crianças, Dr. Carlos Miner Navarro.
Os pais, um casal de médicos de 34 anos, já tinham Maria Luíza, de dois anos e nove meses e não fizeram tratamento para engravidar. "No primeiro momento levamos um susto com a notícia, após, ficamos muito felizes", diz a mãe, Ana Cecília Spautz. Ela conta que a gestação foi tranquila, mas mantendo uma alimentação regrada e tomando todos os cuidados necessários. Para se adaptar à rotina de amamentação, a mãe utiliza leite especial. "Elas mamam três vezes por dia e faço uma complementação".